Internacional

Ataque mata 53 em corte no Afeganistão

Mortes


03/04/2013



 Militantes disfarçados de soldados atacaram com homens-bomba e a tiros um tribunal na Província de Farah, Afeganistão, onde membros da milícia islâmica do Taleban eram julgados nesta quarta-feira, dando início a um tiroteio que acabou com ao menos 53 mortos, incluindo nove insurgentes, e 90 feridos.

De acordo com autoridades, os confrontos começaram quando os militantes invadiram a corte em uma tentativa frustrada de libertar mais de dez taleban. Depois do início dos enfrentamentos, o tiroteio continuou enquanto os militantes se abrigaram em prédios vizinhos.

Segundo o governador provincial Akram Akhpewak, entre os mortos estão 34 civis, dez forças de segurança e nove militantes. De acordo com a rede BBC, o ataque foi o mais mortífero no Afeganistão desde dezembro de 2011.

"Eles invadiram o tribunal durante um julgamento para condenar 15 combatentes do Taleban", disse o vice-governador provincial Mohammad Younis Rasouli à Reuters. Em uma mensagem de texto enviada à mídia, o Taleban reivindicou a responsabilidade pelo ataque em Farah, que faz fronteira com o Irã, disse o porta-voz Qari Yousuf Ahmadi.

O ataque começou aproximadamente às 9 horas locais (1h30 em Brasília) na cidade de Farah. Os militantes detonaram um grande veículo militar cheio de explosivos, danificando prédios vizinhos, incluindo a sede do governador local, e dois bancos cheios de civis.

Então o tiroteio começou com forças de segurança afegãs, e os militantes assumiram posições em vários prédios. Relatos iniciais sugeriram que o ataque tinha como alvo o complexo do governador antes de autoridades, e um porta-voz do Taleban, confirmam que o ataque se centrava na corte judicial.

À Associated Press, o chefe de polícia provincial Noor Kemtoz, que afirmou que a ação chegou ao fim, disse que seis militantes vestiam coletes com explosivos.

O ataque aucmenta as preocupações sobre como as forças de segurança afegãs, com 350 mil integrantes, vão lidar com a violência quando as tropas lideradas pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) se retirem até o final do próximo ano.


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