O deputado estadual Frei Anastácio (PT) lamentou, hoje (02), na Assembleia Legislativa, a semana santa “sangrenta” que a capital paraibana viveu, com 26 assassinatos. “Além disso, fiquei triste com os dados da pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA), que mostra João Pessoa como a segunda cidade do país com o maior número de armas. São 77 armas para cada cem mil habitantes”, disse o deputado, ao convocar a Assembleia Legislativa a lançar uma campanha de combate á violência e às drogas.

O parlamentar relatou que em comparação ao carnaval deste ano, período festivo conhecido pelos excessos, houve um aumento de 300 por cento, no número de mortos. “Isso só levando em conta os assassinatos, imaginem os outros crimes. Mas o que mais me espantou nisso tudo, foi o relato de um tenente coronel, de que isso que ocorreu foi considerado normal. Dentro da razoabilidade. Será que é assim que o governo do estado vê a violência no nosso estado. Já não bastava as orientações do site da secretaria de segurança, que manda as mulheres fazerem careta para evitar assalto” indagou o petista.

Frei Anastácio alerta que o número de vítimas fatais pode ter sido bem maior. “Esses 26 mortos, em João Pessoa, e os 36 no estado, são os que ficaram estirados no chão. Os que morrem no hospital, quase sempre nem são divulgados. E segundo o boletim do hospital de trauma, foram 35 pessoas que entraram vitimas de tentativa de homicídio durante a semana santa”, relatou.

“Quero dizer aqui que nós deputados trabalhamos para que a vida do povo da Paraíba melhore. E isso inclui dar segurança e tranquilidade para o cidadão. Temos que investir na base de tudo para mudar toda a realidade. Quero terminar aqui sugerindo que esta casa passe a adotar outra campanha. Contra a violência e contra as drogas. A vítima da TV de amanhã pode ser seu parente. Pode ser eu, pode ser você”, disse Frei Anastácio.

Os deputados Toninho do Sopão, Aníbal Marcolino e Vitoriano de Abreu fizeram apartes durante o pronunciamento de Frei Anastácio. Eles elogiaram a posição do parlamentar em convocar o Poder Legislativo a elaborar uma campanha de combate à violência e por trazer os dados sobre a situação da segurança do estado, para o conhecimento da população.