O Corinthians já faz as contas de quanto deve deixar de arrecadar com o patrocínio da Caixa Economica Federal bloqueado pela Justiça Federal, que vem sendo depositado em juízo. Como o recurso que o Corinthians moveu no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) foi negado na última semana, é possível que todo o processo ainda dure de três a quatro meses. Na pior das hipóteses, cerca de R$ 12,5 milhões deixariam de ser depositados nos cofres alvinegros.

– É um processo burocrático que não sabemos exatamente quanto tempo vai demorar, mas o Corinthians tem outras fontes de receita. Se a pergunta for: "O clube corre riscos de atrasar salários por conta disso?" A resposta é: "Não" – garantiu Raúl Corrêa, diretor financeiro do clube.

Mensalmente, o clube deveria receber R$ 2,5 milhões, fato que não ocorre desde março. De acordo com funcionários do departamento jurídico do clube consultados pelo LANCE!Net, o agravo deverá ser julgado pela 4ª Turma da corte em dois ou três meses. Só depois de mais um mês é que deverá sair a decisão final do processo.

Internamente, já há quem discuta a possibilidade de rompimento amigável do contrato. Raúl Corrêa, porém, garante que a intenção do clube é se manter parceiro do banco estatal até o fim. O contrato vai até dezembro de 2013, mas já há renovação por um ano prevista em contrato.

ENTENDA O CASO

Tudo começou com uma ação do advogado gaúcho Antonio Beiriz, que contesta a importância de o banco estampar sua logomarca na camisa do Corinthians, além do pagamento de R$ 2,5 milhões/mês ao clube. Na ocasião, o advogado garantiu desconhecimento sobre o patrocínio da Caixa a outros clubes brasileiros, como o Atlético-PR.

Na sequência, o banco entrou com recurso para derrubar a liminar, mas o desembargador federal Cândido Alfredo Silva Leal Júnior negou. Com a negativa, o clube resolveu entrar em ação e também entrou com pedido. A liminar desse recurso acabou sendo também indeferida na semana passada.