Mais Esporte
Americano supera racismo e prisão para se tornar campeão de MMA
Campeão
01/03/2013
![](https://d3rf2zoedgusog.cloudfront.net/wp-content/uploads/201303010338200000007649.jpg)
Muitos lutadores dizem que o MMA salvou a vida deles. No caso de Derrick Lewis, essa frase é a mais apropriada possível. O americano superou problemas pessoais e com a Justiça e hoje, aos 28 anos, é o campeão peso-pesado do evento Legacy FC. Na noite desta sexta-feira, ele tentará defender seu cinturão contra Ricky Shivers na luta principal do Legacy FC 18, em Houston (EUA).
– Se não fosse pelo MMA, eu estaria fazendo coisas muito piores do que as que tenho feito – disse ele em entrevista ao site americano "MMA Junkie".
Em 2005, Lewis foi preso e pegou dois anos de liberdade condicional por conta de um episódio racista, em que ele foi de vítima a acusado. Ele contou que estava em um bar quando foi ofendido por um membro do Ku Klux Klan (KKK), conjunto de três grupos que apoiam a supremacia branca e a política anti-imigrantes nos Estados Unidos.
Nem a espingarda que o cidadão estava carregando impediu que Lewis fosse até ele e fizesse, digamos, justiça com as próprias mãos, machucando-o seriamente.
– O estilo de vida que eu estava levando… Eu realmente não me importava – afirmou.
Lewis, para piorar, violou a liberdade condicional e pegou pena de cinco anos de prisão. Ele cumpriu três anos e meio e foi liberado, para então encontrar aquilo que mudaria sua vida. Seu melhor amigo o convidou para treinar em uma academia de MMA, e ele aceitou, apaixonando-se pelo esporte. Em janeiro de 2010, fez sua primeira luta amadora. Três meses depois, virou profissional.
Dono de um cartel de oito vitórias, duas derrotas e um "no contest" (luta sem resultado), Derrick também tem passagens por Bellator e Resurrection Fighting Alliance. E as palavras que ele usa são para amedontrar os rivais:
– Eu realmente tento matar meus adversários, mesmo sabendo que não consigo fazer isso porque o árbitro está lá. Mas essa é a minha intenção toda vez.
Mas o lutador garante que volta a ser uma pessoa normal quando a luta termina. Ele agora tem dois filhos e está noivo, e acredita que, finalmente, sua vida está no caminho certo.
Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.