Veja abaixo perguntas e respostas sobre os 13 novos episódios do seriado. No final, leia spoilers desta temporada.

Em “13 Reasons Why”, que estreou em março do ano passado, Katherine Langford interpreta a adolescente Hannah Baker.

Ela comete suicídio e deixa fitas K-7 gravadas, uma para cada pessoa com quem convivia. Hannah é a narradora da história. O protagonista é Clay Jensen (Dylan Minnette), melhor amigo dela.

A nova temporada mostra como a escola é processada, até que fotos polaroides misteriosas (e outras mensagens difamadoras) revelam aos poucos um novo segredo.

Tudo acontece cinco meses após a morte de Hannah. A família dela processa o colégio por não combater o bullying e não lidar bem com as reações de Hannah antes do suicídio.

O seriado segue sendo polêmico?

Sim, mas o enredo é um pouco mais convencional. Desta vez, o seriado está mais para um drama de tribunal rasteiro misturado com um terror psicológico teen dos anos 90 (tipo um “Pânico” piorado) do que para qualquer outro gênero.

Se não se chamasse “13 reasons”, ela poderia se chamar “Eu sei o que vocês fizeram na temporada passada”. Novas partes da vida de Hannah são reveladas e as testemunhas do processo são intimidadas por alguém que tem a identidade revelada no fim da trama.

Após exibirem com muitos detalhes (sem que a narrativa justificasse tanto) uma cena de suicídio e duas de estupros, a série retorna com mais cenas nas quais adolescentes sofrem outros tipos de abusos.

Desta vez, há um estupro exibido com ainda mais detalhes. Essa escolha não ajuda em nada a contar a história: parece ser uma decisão tomada apenas para chocar.

Uma das vítimas de estupro se depara com uma boneca com a palavra “puta” escrita em seu peito. Outra recebe fotos com xingamentos. Outro tem o carro depredado. E por aí vai.

De certa forma, sim. A série segue a estrutura da primeira temporada. Cada episódio é mais dedicado a um personagem e suas relações com a garota morta. Em vez de o foco ser a fita de cada “porquê”, cada parte se baseia nos depoimentos das testemunhas no tribunal.

Há muitos flashbacks desnecessários com mais detalhes da vida de Hannah. Até cenas que você já viu são repetidas.

Hannah segue na série, aparecendo sempre como uma fantasma para Clay. As aparições da moça não ajudam em nada para contar a história. É um recurso apenas tosco para deixar a protagonista “viva” na série.

Ciente das críticas que sofreu na primeira temporada, os criadores Brian Yorkey e Diana Som tentam tratar com mais profundidade temas como suicídio, assédio sexual e a diferença de gêneros na sociedade.

É legal que agora sempre apareça um aviso ao final para que o espectador possa pedir ajuda caso tenha pensamentos suicidas, tenha sofrido com assédio ou bullying.

Os diálogos entre os personagens quando os temas são mais sérios tentam ser um pouquinho mais profundos. No sexto episódio, por exemplo, Clay (Minnette) e Justin (Brandon Flynn) se lamentam por muita gente da escola ter chamado Hannah de “vagabunda”.

“Ela transou com um, foi apaixonada por outro, eu, e beijou você”, resume Justin, tentando explicar que ela nem “merecia” ser chamada de “puta”. No fim, o diálogo tenta ser inclusivo, mas é moralista e presta um desserviço. A frase também vale para a série.

• Além de depoimentos no tribunal, os adolescentes são moralmente assediados e ameaçados com mensagens deixadas por uma pessoa misteriosa.

• É revelada a relação secreta entre Hannah e Zach (Ross Butler, veja foto dele abaixo no tribunal). Os dois saíram várias vezes, eram quase namorados e transavam muito.
• O fim conflituoso da relação seria mais um “porquê”.

• O sétimo episódio tem o depoimento mais esperado, o de Clay.
• No flashback mais revelador, ele e Hannah usam drogas juntos.
• Clay e Hannah aparecem em um “sonho” do rapaz. Eles surgem como um desenho animado psicodélico no início em papo sobre “efeito borboleta”, destino e “um universo infinito”.

• Alex (Miles Heizer) e Monty (Timothy Granaderos) estavam perto da piscina de Bryce (Justin Prentice) quando Hannah foi estuprada. A decisão da justiça é revelada e pessoas são presas.
• Tyler e Clay brigam na rua, com direito a revólveres. Clay chega a apontar uma arma para o colega, enquanto começa a ver alucinações de Hannah falando.
• Quanto mais ele ouve Hannah falar, mais ele fica atormendado: ele então aponta uma arma para sua cabeça. O garoto parece que vai se matar, mas se arrepende e larga a arma.

• O episódio começa mostrando a amizade de Bryce e Justin, desde a infância. As versões mirins dos dois são mostradas na cena inicial.
• Essa relação não impede, no entanto, que Justin deponha contra o amigo no tribunal. Ele dá detalhes sobre o comportamento nocivo com mulheres e sobre os crimes cometidos por ele, como o estupro de Hannah.
• Ao final, uma grande revelação: o principal responsável por assediar e ameaçar seus colegas é Monty. Ao ser confrontado por todos, ele diz que vai devolver as polaroides. Monty explica que só queria proteger o amigo Bryce.

• Um mês depois do fim do episódio anterior, a parte final começa mostrando várias mulheres da série descrevendo como foram estupradas.
• Bryce recebe sua sentença: três meses de liberdade condicional.
• Acontece o funeral de Hannah.
• Tyler (Devin Druid) é estuprado por Monty. O vilão da trama usa uma vassoura para violar o garoto. A cena é mostrada com detalhes desnecessários. Tyler é o fotógrafo obcecado com Hannah na primeira temporada (veja foto abaixo).
• Jess e Justin dão os primeiros passos para a volta do namoro.
• Acontece um baile de formatura. Os personagens dançam em câmera lenta e choram.
• Tyler planeja invadir o baile com armas, mas é impedido por Clay.
• O conteúdo das fotos polaroides com o qual se fez tanto mistério é revelado: são fotos que difamam os jovens e que eles não querem que sejam divulgadas.