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WS analisa no Brasil 247 a crise no PSDB e atuação de Haddad em SP

BRASIL


02/03/2016

Em nova coluna publicada nesta quarta-feira, 2, no Portal Brasil 247, o analista político e multimídia, Walter Santos, comentou sobre a crise no PSDB e Haddad em São Paulo. “Soma-se a esta realidade tucana, noutro patamar, a fragilidade discursiva e de postura da senadora Marta Suplicy por todo seu vinculo e apologia recente ao Legado de Eduardo Cunha. Conjuntura desta natureza termina por permitir cenários de recuperação do prefeito Fernando Haddad, que se mantém como nome forte para a sucessão paulista”.

Confira a íntegra do texto

Como a crise no PSDB e o novo manequim de Marta Suplicy favorecem Haddad em São Paulo

Não precisa ser Cientista Político formado na USP para identificar de cara, sem dificuldades, um fato relevante em curso no processo político – partidário de São Paulo: o processo de autofagia do PSDB na Capital, sobretudo, expondo diferença grave entre suas maiores lideranças com a convenção do último domingo produzindo feridas difíceis de serem superadas. Imaginem o que ter o governador Geraldo Alckmin no foco do pedido de Impeachment dentro de seu próprio partido.

Soma-se a esta realidade tucana, noutro patamar, a fragilidade discursiva e de postura da senadora Marta Suplicy por todo seu vinculo e apologia recente ao Legado de Eduardo Cunha.

Conjuntura desta natureza termina por permitir cenários de recuperação do prefeito Fernando Haddad, que se mantém como nome forte para a sucessão paulista.

Ninguém se iluda, se vencer as eleições em São Paulo, Haddad passa a ocupar o papel e/ou missão hoje reservada exclusivamente ao ex-presidente Lula.

A AUTOFAGIA TUCANA

Nunca mais o PSDB será o mesmo depois das cenas deprimentes expostas por militantes dos três candidatos à sucessão municipal – Andrea Matarazzo, João Dória e Ricardo Triploli, no último domingo, não só pela selvageria entre partidários, mas pela famigerada compra de votos de cabos eleitorais levando o partido às priscas eras do retrocesso político.

Mas, o mais forte em tudo mesmo, está acima das práticas execráveis do último domingo porque mexe com o Ego exacerbado dos principais lideres em São Paulo – FHC, Geraldo Alkmin e José Serra em plena desarmonia típica de fim-de-festa.

Na prática, pelo que se desenha à vista há terreno fértil na direção de racha entre eles com cada um buscando caminho diferente para 2018, sobretudo entre Alckmin e Serra, cada um se sentindo maior do que o outro visando a sucessão presidencial.

Vão rachar até deixar o partido, e isto terá consequência séria para o futuro tucano que, a rigor, viver a exaustão de estar no poder há mais de 20 anos no maior Estado do Pais já passando pela Prefeitura sem resolver graves demandas e problemas.

A CENA DE MARTA

Seu mérito de ter densidade eleitoral ninguém tira dela, não só nos Jardins, mas em áreas populares onde ela atuou quando prefeita e tinha convicção de que o PT era a maior referência partidária do Brasil. Usou ao máximo deste argumento, até demandar ao sinal dos primeiros problemas éticos no partido.

Marta com novo novo manequim de PMDB paulistano não encontrará moleza à frente, mesmo porque seus últimos atos de exposição pública ao lado e defendendo Eduardo Cunha ainda vão lhe fazer muitos dissabores, até mesmo a possibilidade de não deslanchar como pretende.

A última posição dela de assumir compromisso de retroceder a questão da velocidade na Capital mostra atitude desconforme com a lógica dos tempos atuais no quesito mobilidade urbana. A redução em curso tem produzido efeito positivo na redução de óbitos e acidentes – saldo este que não pode ser trocado por cenas de espetáculo midiático, para atender aos velocistas do trânsito.

SEM ALARDES, A REFORMA DE HADDAD

Como a Midia em São Paulo é anti-PT ao longo dos três últimos anos, o prefeito Fernando Haddad conviveu com o tratamento desigual e longe do jornalismo praticado pelos veiculos em tempos passados. Pagou o pato, como se diz lá na Torre, diante de inúmeras grandes decisões tomadas repercutindo fortemente na sociedade e na vida urbana da cidade.

A partir dos novos parâmetros do Plano Diretor de São Paulo tocando em questões tabus do Urbanismo e da Mobilidade não mexidas à Décadas, da mesma forma que as medidas de Gestão ajustando as Contas em nivel capaz de projetar a possibilidade futura próxima de atrair Dinheiro novo para obras e serviços permitem identificar a Administração Haddad com resultados capazes de levá-lo ao segundo turno e à reeleição.

A extinção da Cena decadante da Cracolândia traduz bem a atitude de resultados que certamente será elemento de debate e confrontamento da atual gestão com as demais em nivel de lhe fazer diferenciado em comparação a outros concorrentes.

Como disse, ainda é cedo para falar de indicativos mais consistentes, mesmo assim a fragilidade em curso na parte de seus adversários faz Haddad estar no processo construindo a superação. 


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