Política

Walter Santos busca explicar origem e métodos em torno das manifestações

O QUE ESTÁ POR TRÁS


21/06/2013



O jornalista Walter Santos, Colunista/Blogueiro do Portal WSCOM e da Revista NORDESTE, foi buscar em métodos utilizados pela filosofia do americano Gene Sarp amplamente utilizada em muitas manifestações revolucionárias no Mundo a essêrncia para se entender o que está acontecendo no Brasil com as manifestações de rua que, embora se fixem em defender fim da Corrupção, melhoria nos serviços de Saúde e Educação, servem para outros interesses de tomada do Poder por parte de quem age no anonimato do processo.

Leiamos:

Somente a astúcia, também a insônia, em torno de intelectuais espalhados no mundo podemos decifrar enigmas e charadas sócio-revolucionárias para fenômenos, como atualmente em curso no Brasil, cuja essência filosófica está na obra do americano Gene Sharp, agora aparentemente aplicada nas manifestações brasileiras de rua com foco no combate à Corrupção mas, no fundo e lá na frente, com objetivo mesmo de conquistar o Poder.

Enquanto a maioria dormia, toda essa tática era exibida no Complexo de Mídias da Rede Globo, via GNT, na madrugada desta sexta-feira, através do documentário “Como Iniciar Revolução sem violência”, de Gene Sharp, os telespectadores conheciam as estratégias usadas por ele para a queda de diversos Governos no Mundo, mais recentemente o Egito. Pode ser mera coincidência, mas a história do Brasil mostra muitas “coincidências” de interesse. Tudo em nome da “Democracia” comumente atraindo multidões de boa fé.

Como é de conhecimento geral, Gene Sharp é autor de um livro que se dedica “a mobilizar populações oprimidas para combater regimes autoritários através da não-violência”, embora não seja este o caso do Governo Dilma legitimada pelo voto, mas é que seu legado e seu partido incomodam demais. Neste sentido a tática de Sharp é escolher métodos, entre os 198 monitorados por sua estratégia, mesclados com muita ação de rua atraindo milhares/milhões.

FOCO NA MUDANÇA DE PODER

Vamos repetir para quem não entendeu direito: as manifestações de agora com aparente falta de comando especifico de liderança política conhecida, traduz uma tática americana exitosa em várias partes do Mundo, mais recentemente na Primavera Árabe, que pode querer chegar ao Brasil sob a bandeira de combate à Corrupção e por mais serviços de qualidade no País, mas o foco final tende a tomada do Poder Central – a Presidência da República, como principal objetivo, isto em caso de inexistência de antídoto.

Gene Sharp: teoria da Revolução sem Violência
Tomando por base a obra de Gene Sharp, facilmente acessável e difundida no Mundo com “treinamentos localizados de patriotas dos Países – alvo”, como se deu no documentário da GNT, a tática em voga evoluiu na contramão das experiências belicosas do Passado, a exemplo dos muitos conflitos armados dizimando milhões de pessoas, passando a ser exercida por meio de grandes manifestações de caráter pacifista, em nome da paz, portanto, mas invariavelmente terminando pela busca de mudanças de Governos, especialmente de origem e vínculos ideológicos.

Só que no Brasil, esqueceram de combinar com a Minoria radical que anda sujando a imagem das consistentes manifestações pacificas gerando baderna, depredações, violência e tal – tudo que Sharp diz ao contrário.

OPINIÃO PÚBLICA É "PREPARADA"

Para chegar a isso, cria-se primeiro o clima de instabilidade, de afetação à legitimidade do País alvo expondo a fragilidade econômica, algo muito explorado nos últimos meses em Grandes Veículos de Comunicação, além da degradação moral com exposições continuadas de descasos, Corrupção, inoperância de Governos, etc, fragilizando a representação popular e dos partidos – elementos estes fartamente expostos incessantemente nos últimos tempos criando no seio da Sociedade, a partir das novas gerações rebeldes oriundas da Classe Média seqüenciada por outros segmentos, os rastros primeiros para as manifestações crescentes que comumente em outras experiências desaguaram na derrubada do Poder.

No documentário, as cenas de ocupação do Palácio do Poder em diversas partes do mundo se confundem com as iniciativas registradas ao longo dos últimos dias invadindo o Palácio dos Bandeirantes, o Congresso Nacional, os Palácios de Governo e Prefeituras nos Estados e, mais recentemente, o Itamaraty – onde nada tem a ver com os reclames do País, exceto como recado ao Mundo sobre o significado do significado e resistência do Movimento.

PARTIDOS E POLITICOS NO ALVO

Neste processo, nenhum dos partidos tradicionais, nenhuma das lideranças políticas é poupada criando aparente “coisificação” do histórico e importância dos Partidos e das Lideranças, como a querer criar um personagem novo do tipo Ministro Joaquim Barbosa para “lavar” a alma dos manifestantes e construir a tese de novo País. Tudo sem consistência na certeza de que a meritocracia por si só basta.

A tese e estratégia até podem e devem atrair mais adeptos, mas o Brasil já tem inteligência e postura democrática suficientes para construir no diálogo e negociação outras formas de encarar a disputa presidencial do próximo ano sem os golpismos comumente criados a partir do vizinho ao lado.

A SINTESE DE TUDO

De fato, o Brasil não é como muitos Paises referenciados na obra de Sharp nem se nivela ao clima da Venezuela para reproduzir o enfrentamento bancado externamente entre venezuelanos em nome do Poder.

Cada povo que conduza seus destinos e o Brasil sabe escolher o seu à base da Democracia plena com escolha serena.

Agora, muitos dos ajustes serão frutos das manifestações pacificas.

EXEMPLOS REAIS NO MUNDO

Como lembra o jornalista Lázaro de Oliveira, foram as ações propostas no livro “Como Iniciar uma revolução” publicado em 1993, que orientou o movimento de alguns países como Mianmar, Bósnia, Estônia e Zimbábue – e agora, na Tunísia e no Egito.

A idéia central é a desobediência civil já que pela força o estado tem muito mais poder. Sharp diz que cada país descobre seu jeito de fazer.

COMO ACONTECE NO BRASIL

Um "braço" do Movimento no Facebook
No Facebook, já passam de 59.080 os que aderiram ao movimento ACORDA BRASIL ! puxando as Passeatas. Eis o que dizem e como se intitulam: “ORGANIZADORES DE EVENTOS, ATIVISTAS, LEIGOS, BRASILEIROS, A QUEM INTERESSAR POSSA…! EU VOS PERGUNTO: 1- Querem passeatas, marchas pela cidade, tirar fotos para o Instagram, vestir roupa branca, cantar o Hino Nacional, seguir tendências na internet, brincar de Revolucionário e depois voltar para casa sem ter conseguido nada?! Ahh tá. Os 20 centavos”.

ÚLTIMA

“Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!"

 

 



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