Paraíba

Walter Santos avalia história, papel e simbologia do Jornal Correio diante do furacão digital


03/04/2020

A simbologia do fim do Jornal Correio: a história, a tragédia do Covid-19, a dor do desemprego e o novo modelo de produção matando gráficos e ferindo jornalistas

Ninguém de bom senso na Paraíba Velha de Guerra sabendo do fim do Jornal Correio da Paraíba dormirá em paz neste dia 3 de abril de 2020 diante da tragédia anunciada. Tudo o que foi dito sobre a importância e a história desta finda legenda não é maior do que o início avançado do fim do emprego como convencionamos lá atrás .

A morte morrida do veiculo impresso, no caso do Jornal Correio, é a gênesis do novo modelo de produção virtual e revolucionário em prática na mídia do mundo tabajara, agora protegida pelo argumento real do Coronavírus abrigando meios oficiais de Governo – alô alô Keynes! – para resolver financeiramente o pior de tudo, a demissão.

O difícil estágio conduzido pelo destemor e tirocínio do empresário Roberto Cavalcanti só não é maior do que sua consciência de conviver com a dura realidade na qual a vaidade pouco importa diante dos prejuízos acumulados pela mídia tradicional em desuso.

O Correio da Paraíba demorou a encarar a última fase de uma máquina que já foi poderosa, construiu um império, embalou muitos sonhos e lutas, enfrentou até o arbítrio oficial matando de morte matada Paulo Brandão, mas a nova ordem digital impôs o fim do modelo arcaico e muito caro.

Pior do que desembolsar e resolver indenizações que atendem a curto prazo necessidades de sobrevivência de famílias é atestar o fim da força humana em torno do universo gráfico em desuso e a decadência do emprego jornalístico no modelo antigo, sobretudo na última fase invadida por gente despreparada nas tais redes sociais .

Neste tempo de dor, não podemos negar a imponência e importância do projeto criado por Teotônio Neto e consolidado por Roberto Cavalcanti em alto estilo, mas na contagem regressiva do fim de tudo é triste ver nossas entidades representativas sem força para reagir ou construir alternativa e, pior, tudo acontecendo na fase de imensos retrocessos humanos sem igual simbolizada em Jair Bolsonaro.

É como se, no silêncio da morte institucional, alguém agregasse com visibilidade o seguinte atestado; aqui Jaz um símbolo de lutas históricas!

O PAPEL DE A UNIÃO

Keynes nunca esteve tão atual na presença do Estado para resolver a gravidade do mundo (EUA, EUROPA, BRASIL, etc)  econômico e social, tanto que nesta lógica manter o jornal A UNIÃO é possível, sim, sobretudo quando defende e pratica a valorização de nossa cultura.

Só ela pode.

UM REGISTRO ESPECIAL

Durante nossa trajetória profissional, devo muito ao Jornal Correio da Paraíba pela convivência com muita gente de muito valor, a exemplo de Arcela, Julio Santana, Aninha Sá, Ivan Bezerra, Nonato Guedes, Carlos Aranha, Ribamar, Adeildo, Bosco Gaspar, Lena Guimarães, Rubens Nóbrega, Damásio Roberto, Djalma de Góis (O melhor), Bené e Giovani Meireles.

É justo reconhecer o papel de Roberto Cavalcanti, José Fernandes, Bia Ribeiro e Alexandre Jubert.

É isso. VALEU!



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