Política

Walter Santos analisa Mensagem de Fim-de-ano do governador Ricardo

NOVO COMENTÁRIO


28/12/2013



O analista político e Blogueiro Walter Santos fez neste sábado, na sua Coluna habitual no Portal WSCOM, uma leitura sobre o pronunciamento de fim-de-ano do governador Ricardo Coutinho dirigido à sociedade paraibana abordando efeitos da trajetória e conduta do chefe do executivo paraibano com desdobramentos em 2014.

Leiamos:

A Mensagem do governador no Fim-de-ano
Há mais de uma semana o Governo veicula nos diversos meios de comunicação do Estado, menos nos que ele retalia por motivos diferenciados, a mensagem do próprio governador Ricardo Coutinho avaliando o ano de 2013 expondo no VT e no Áudio o entendimento de que fez muito pelo Estado, a partir do volume de R$ 6 Bilhões comemorados como grande marca de governo.

Na fala, pontua ainda a atração de investimentos privados, R$ 160 milhões de repasse de recursos para prefeituras, 10.000 KMs de estradas, melhoria no Hospital de Trauma e o desempenho recorde das Policias com base em dados do Ministério da Justiça e a obra do Centro de Convenções de João Pessoa.

Sem tirar nem por, este é o resumo da exposição do governador com feição claramente afetada com cabelos brancos tomando conta, como a expressar o grau de preocupação comum na vida dos que enveredam pelo caminho da liderança pública.

O conjunto do que Ricardo expôs é verdadeiro e como tal precisa ser encarado como a gestão do tamanho possível. Apesar das restrições que a Oposição lhe faz, Ricardo dispõe de um jeito particular de comando da máquina pública em nível que poucos adversários conseguem dominar.

Reconhecidos os méritos de Sua Excelência, não precisa ir muito longe, nem se impressionar por fala de ninguém – nem do Governador nem da Oposição – para atestarmos a partir das perguntas que faremos a seguir: diante da fala de Ricardo, Você, leitor leitora, acha ele está cumprindo com o que prometeu em campanha? Sim ou Não?

Tem mais:

O nível de vida das pessoas melhorou, piorou ou está na mesma? A Paraíba vive o surto de desenvolvimento sócio econômico de 40 anos em 4, como prometido na campanha? O funcionalismo público anda satisfeito com a Política de Pessoal do Governo? E os Poderes, na intimidade de suas avaliações concordam com a postura do governador no trato do Duodécimo?

Arrisco ainda a indagar: a Segurança Pública melhorou, piorou ou está na mesma? Nossos serviços básicos de Saúde, no atendimento aos que mais precisam, como anda? E a Cultura, uma das bases de maior apoio ao projeto Ricardo, a quantas anda nestes últimos três anos?

Tem mais, existem inúmeras outras perguntas ainda sem resposta à altura, portanto, a síntese de tudo é que o governador montou uma estrutura político – partidária sob seu comando total excetuando, tirando de perto, as bases políticas tradicionais mais importantes – senador, deputados, prefeitos, ex, etc que não seguem à risca sua cartilha e, com base nisso e nas realizações relativas feitas até agora, considera que levou a Paraiba a um patamar de desenvolvimento social num nível somente constatado por ele e sua equipe.

EFEITOS POLITICOS

Ninguém de sã consciência pode ignorar a impetuosidade do governador no trato das disputais eleitorais. Ele é uma fera nessa matéria, entretanto, perdeu o maior de seus trunfos que era a confiança e esperança da sociedade paraibana, não dos que vivem de política, mas dos anônimos que optaram por ele e hoje revelam frustração do tamanho relativo ou maior dos sonhos de antes.

Ricardo chega em 2014 como uma liderança forte, com muito dinheiro, mas sem a cumplicidade popular e da sociedade organizada, da classe média, dos empresarios, artistas, etc de antes perdendo muito terreno em João Pessoa, onde hoje tem um forte contra-ponto de resultados com bom humor, diante de Campina Grande totalmente frustrada no mesmo nivel das bases dos médios centros do Estado.

Como Governo pode muito diante dos pequenos, ele deve ter um elenco de municípios pequenos, comumente governistas, mas deve ficar advertido porque podem (e devem) mudar de ventos com a deflagração para valer da sucessão no próximo ano.

Tudo isso, fruto de sua teimosia em tratar mal seus verdadeiros e indispensáveis aliados de primeira e segunda hora. Preferiu, como já disse, montar um exército de subordinados sem direito a contestações e mercenários conhecidos na guerra e que podem mudar de lado ao sabor dos ventos e de quem dá mais.

É triste fazer esta constatação porque preciso revelar: torci muito para que ele desse novo rumo à Paraiba – acima de picuinhas -, mas, infelizmente, constato que para esse novo estágio de vida no Poder maior, ao que parece ele não estava preparado à altura para tamanha missão. Virou novo coronel.



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