O velório do servidor Damião Liano de Souza, mecânico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, foi marcado por muita emoção e também pelo sentimento de gratidão ao profissional que durante 17 anos fez parte da ‘família’ do Samu Metropolitano de João Pessoa. Entre todos da equipe e outros servidores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Damião era um exemplo de compromisso com a função, ajudando a salvar tantas vidas. Ele morreu nesta terça-feira (11), após passar mal enquanto dirigia e colidir num poste.

“Damião era mais do que um profissional. Era uma pessoa que dava o seu próprio sangue todos os dias pela causa do Samu. Uma pessoa reconhecida e de extrema confiança minha e dos colegas. Perdi mais que um profissional, perdi um amigo”, relatou o coordenador geral do Samu-JP, Galileu Machado.

O corpo de Damião Liano foi velado durante à tarde desta quarta-feira (12) no ginásio poliesportivo do Centro Administrativo Municipal (CAM), em Água Fria, mesmo local onde fica a base central do Samu. Uma oportunidade para a despedida, mas principalmente para muitas homenagens.

“Com a expressão de sorriso no rosto, ele sempre nos recepcionava a cada plantão. Deixo aqui um bordão que Damião sempre falava quando a equipe o chamava pela manhã: ‘Vai dizendo’”, relembrou Lídia Holanda, coordenadora da Rede de Urgência e Emergência do município de João Pessoa, destacando que Damião ajudou a salvar inúmeras vidas com o serviço de excelência que ele prestava como mecânico.

 

 

 

Do CAM, o cortejo, formado pelos familiares e muitos amigos e colegas de profissão, seguiu para o Cemitério do Cristo, onde o corpo foi sepultado no final da tarde desta quarta-feira. Damião foi vítima de um mal súbito, que acabou proporcionando um acidente automobilístico, onde ele colidir contra um poste nas imediações da Energisa.

O primeiro colega de profissão a chegar ao local do acidente foi o condutor socorrista João Júnior. Ele relatou que foi um dos piores momentos de sua carreira profissional. “Quando cheguei ao local, ainda tentei fazer massagem cardíaca, mas Damião já estava em óbito. Foi um dos piores momentos da minha carreira profissional, pois Damião era um dos melhores amigos que eu tinha”, enfatizou.