Internacional

Trump ataca manifestantes e ameaça usar militares “altamente armados” para acabar com protestos


01/06/2020



Em meio a protestos contra o assassinato de George Floyd e a violência policial contra o povo negro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou centenas de milhares de soldados para proteger a Casa Branca, durante seu pronunciamento.

Os protestos iniciaram na segunda-feira passada após a morte de George Floyd pela polícia, na cidade de Mineápolis.

Em seu pronunciamento, atacou os manifestantes, dizendo que o país foi “tomado por anarquistas profissionais, motins violentos, criminosos, incendiários, saqueadores e antifas”. Ele também chamou os manifestantes de “bandidos [thugs] perigosos” e vândalos, e disse que poderá usar os militares “altamente armados” para acabar com as manifestações.

O governo Trump empregará mais recursos federais dos Estados Unidos para reduzir a violência ligada aos recentes protestos anti-racismo, disse a Casa Branca nesta segunda-feira (1).

“Haverá ativos federais adicionais implantados em todo o país”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca McEnany. “Haverá um centro de comando conjunto com os governos estaduais e locais que incluirá o general [Mark] Milley, o secretário [de Defesa Mark] Esper e o [procurador-geral William] Barr”.

McEnany acrescentou que Trump quer que a Guarda Nacional, em parceria com a polícia local, “domine as ruas” nas comunidades dos EUA para restaurar a paz.

A secretária de imprensa da Casa Branca também acrescentou que o foco da ligação de Trump com os governadores dos Estados nesta segunda-feira foi incentivar o maior uso da Guarda Nacional para restaurar a ordem.

A governadora do Michigan, Gretchen Whitmer, disse que a conversa de Trump com os governadores foi “profundamente perturbadora” porque o presidente pediu o aumento da repressão contra os atos.

Manifestantes nos Estados Unidos protestam contra a brutalidade policial e o racismo desde 25 de maio, depois que George Floyd, um homem negro desarmado de 46 anos, morreu sob custódia policial em Minneapolis, Minnesota. Os protestos tiveram episódios de tumultos, violência, incêndio criminoso e saques generalizados.



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