Já classificada para a Copa do Mundo, a seleção brasileira só voltará a disputar uma partida valendo três pontos no dia 12 de junho de 2014. Até lá Luiz Felipe Scolari tem a missão de manter o time motivado em jogos como o amistoso desta terça-feira, contra Portugal, a partir das 22h, com acompanhamento em tempo real pelo Placar UOL, em Foxboro, próximo a Boston. A formula encontrada pelo treinador é acirrar a disputa interna pelas poucas vagas que restam no time.

Sem cinco titulares, cortados por lesão, não foi difícil para o técnico dar chances na equipe a jogadores reservas ou que nem estiveram na Copa das Confederações, casos de Maicon e Maxwell.

Em posições chaves como no meio campo e no ataque, o técnico aproveitou as ausências de titulares para acirrar uma disputa interna. Na ausência de Hulk, colocou o sempre elogiado Bernard, destaque na goleada sobre a Austrália. O ex-atleticano pode perder a vaga para Oscar, titular absoluto na Copa das Confederações no meio, mas que deve ceder seu posto na armação no centro do campo para Ramires.

"Não temos jogos oficiais. Então temos que fazer do amistosos uma ideia de três pontos. E eu tenho cinco jogos para definir quem vai ao Mundial. Então todo jogo para nós é importante", disse o técnico.

Na cartilha de Scolari o bom convívio é essencial. Ao mesmo tempo, porém, a competição interna é uma realidade.

O caso mais recente é sintomático é o de Oscar e Ramires. Os dois jogam juntos no Chelsea e podem repetir a dupla na seleção. Mas também devem competir pela mesma vaga no meio campo.

"É complicado, porque são característica diferentes. Oscar é meia-atacante. Não vejo disputa, mas se houver é uma disputa sadia. Dentro do grupo tem de haver. para o treinador é bom, ter jogadores que querem jogar independente da posição", afirmou Ramires.

Caso opte por Ramires e Oscar juntos, Felipão irá testar durante a partida uma formação tática diferente da utilizada na maioria dos jogos da Copa das Confederações. Ao invés de três homens avançados, o time teria um meio campo com quatro jogadores e dois atacantes, Neymar e Jô.

Trocas e testes que Felipão fará até o final do ano. Além do jogo contra os Portugueses, serão mais quatro partidas, duas em outubro e duas em novembro. Até lá, o técnico pretende ter ao menos na cabeça a lista completa dos 23 jogadores que serão convocados no início de maio.