Artes

Sete exposições permanecem em cartaz na Estação Cabo Branco

Cabo Branco


15/01/2015



Sete exposições de artes plásticas e visuais permanecem abertas para visitação pública na Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, no altiplano. A entrada é gratuita e neste verão a casa abre os portões de terça a sexta-feira das 9h até as 21h, sábados, domingos e feriados das 10h até às 21h.

Na Estação das Artes Luciano Agra, prédio ao lado, o público poderá conferir conjuntamente duas mostras. A primeira “Mostra Nordeste de Artes Visuais” e a segunda, intitulada “La Gran Serpiente”, da artista Pernambucana Beta Ferralc.

A mostra de artes visuais é uma contribuição para a circulação da produção em Artes Visuais no Nordeste e a busca pelo caráter questionador das expressões artísticas. A exposição tem a curadoria do mestre em Artes Visuais da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Federal da Paraíba (UFPB), José Rufino.

“O elo entre os nomes selecionados é um paradoxo artístico: eles possuem em comum o fato de serem nordestinos, ao mesmo tempo em que suas produções não se limitam às questões regionais”, comentou José Rufino, que explica, ainda, que a mostra possui um direcionamento semelhante ao ambiente globalizado em que vivemos. “Comparando com as décadas anteriores, possuímos um cenário mais prolífico graças à tecnologia atual, que permitiu uma maior interação entre artistas, público e pesquisadores”, comentou o artista.

La Gran Serpiente – A segunda Mostra “La Gran Serpiente”, de autoria da artista plástica pernambucana Beta Ferralc, que reside no Uruguai, está sendo apresentada pela segunda vez no Brasil. A primeira aconteceu na cidade de Recife (PE) há cinco meses. A Mostra Nordeste de Artes Visuais também chega à Estação Cabo Branco, trazendo em seus objetivos o intercâmbio cultural entre artistas, público e entidades voltadas ao setor. Ambas estarão abertas à visitação na Estação das Artes Luciano Agra a partir das 19h com entrada gratuita e ficam em exibição até dois de fevereiro.

Ferralc captura, através do seu olhar interior, uma serpente que apenas se pode ver através de um véu. A serpente, representada em movimento cíclico e contínuo, circula entre horizontes, e desenha marcas que, ao estarem superpostas, ocultam e ao mesmo tempo aumentam as possibilidades de leitura da obra.

A curadora geral da Estação Cabo Branco, Lúcia França, explicou que a exposição é uma representação pictórica que questiona a vida mesmo. “Beta Ferralc passeia pelo milagre da criação do homem e faz sua obra baseada nas mutações da humanidade, com seus descobrimentos científicos, horizontes e longevidade”, comentou.

“Em Transito” é outra exposição em cartaz. A exposição individual é de autoria do fotografo Paulo Rossi e transita por aeroportos e aviões, ou seja, é como transitar no vácuo. As fotografias expostas retratam lugares de passagem, lugares para não ficarem transitados por muitos, são lugares que não pertencem a ninguém. Paulo Rossi vem fotografando há quase três anos o estar em trânsito nos interiores de aviões e aeroportos com uma câmera compacta.

Torre Mirante – No segundo e primeiro pavimentos da Estação Cabo Branco pode ser vista, ainda, a exposição “África”, “Entre dois Mundos”, Penha: Entre redes e Promessas” e “Mar: Oceano de Sonhos e Histórias”.

Na exposição “África”, o público poderá ver 70 imagens que fazem parte das comemorações pelo Dia Nacional da Consciência Negra. As fotos revelam o cotidiano dos moradores da Libéria e Guiné, um local difícil, onde começa a tríplice fronteira de ambos os países com a Serra Leoa e termina na tríplice fronteira de ambos os países com a Costa do Marfim (monte Richard-Molard).

Dada a vulnerabilidade da fronteira a grupos armados rebeldes e os conflitos e escaramuças, ocorridos desde o final do século XX, há vários refugiados de ambos os lados. A fronteira é considerada perigosa, e pelo menos os cidadãos norte-americanos são aconselhados a tomar todas as precauções quando viajam em qualquer dos dois países.

No mesmo local, a exposição “Entre dois Mundos”, que retrata alguns desenhos feitos pela portadora da Síndrome de Down Amanda Miranda de 24 anos. Durante sua vida Amanda passou pela mão de diversos profissionais que fizeram com que a menina se desenvolvesse e se tornasse a artista que é hoje. No decorrer de sua infância, ela fez natação, dança, desfilou para algumas grifes e atualmente se apaixonou pelo violino e pela pintura.

Penha – Outra exposição “Penha: Entre redes e Promessas” é uma parceria da Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional na Paraíba (Iphan/PB), por meio da sua Casa do Patrimônio e Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP). Nela o visitante vai encontrar imagens, fotografias, fontes documentais (jornais e livros), fontes orais, por meio da exibição de entrevistas com moradores da região e outras pessoas que estarão sendo exibidas nas televisões instaladas no local.

A exposição é complementada com o olhar sobre o bairro a partir da perspectiva de artistas pessoenses e trabalhos de alunos da Escola Municipal Antônio Santos Coelho Neto, localizada no bairro, que produziram obras em diferentes estilos e técnicas, mostrando aspectos e detalhes do seu cotidiano e patrimônio.

Cristina Strapação – “Mar: Oceano de Sonhos e Histórias” é o nome da exposição da artista plástica Cristina Strapação que possui como foco principal a paisagem marinha e os elementos que dela fazem parte. Dentro do conjunto das obras, o visitante vai encontrar pinturas em óleo sobre tela, desenhos e objetos como pedaços de cordas descartados pelos pescadores, pedaços de madeira que fizeram parte de alguma embarcação, coletados nas praias do Seixas e Penha e que dizem respeito ao mundo dos pescadores e barcos, sonhos e centenas de histórias.



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