Paraíba

Servidora denuncia perseguição e assédio moral no Hospital Regional de Patos

Hospital Regional


16/07/2013



A assistente social Joserivanea Batista Leite, mais conhecida como Vânia, procurou a reportagem do maispatos.com para denunciar um caso de perseguição e assédio moral enfrentado por ela no Hospital Regional Deputado Janduhy Carneiro, em Patos.

Vânia realizou concurso público em 2008 para vaga de assistente social no Hospital Regional, onde ficou na 5ª colocação das sete vagas oferecidas e desde essa época presta serviço naquela unidade de saúde hospitalar.

De acordo com a assistente social, no último dia 26 de junho, quando de plantão no HRP, sua coordenadora a chamou por volta das 17h:45, comunicando-a verbalmente sobre sua transferência para a 6ª Gerência de Saúde do Município: “A direção mandou ‘um recado” dessa transferência e não teve o menor respeito comigo, que estava naquele momento desempenhando minhas funções e nem ao menos houve uma comunicação oficial”, relata Vânia.

No dia 28, Vânia procurou a Gerência Regional de Saúde da 6ª Região, onde recebida pelo gerente José Leudo, foi comunicada que ficaria à disposição do 6º núcleo enquanto sairia a decisão da Secretaria de Saúde sobre seu destino. O diretor apresentou um ofício datado do dia 19 de junho sobre o comunicado de sua transferência, ou seja, oito dias antes do ocorrido.

A servidora ficou bastante indignada com o teor do ofício, onde dizia que o Hospital Regional estava ‘entregando-a’ a Secretaria de Saúde, com o argumento de que a mesma estaria causando problemas na assistência do HRP e provocando pânico nos pacientes: “Me trataram como se fosse alguma mercadoria, já que disseram que estavam ‘me entregando’. Além do mais, que elementos consistentes eles tem para fazer esse tipo de acusação, sendo que nesses quatro anos e oito meses nunca recebi sequer uma advertência?”, questionou.

De acordo com a assistente social, o seu compromisso ético sempre esteve acima de tudo: “Sempre desempenhei minhas funções com ética e compromisso. Sempre me responsabilizei na busca da garantia dos direitos dos usuários daquela instituição, pois eles não são apenas meros pacientes aguardando favores de A ou de B, mas estão ali como usuários do Sistema Único de Saúde, onde tem direitos e deveres”, explicou.

Questionada sobre o real motivo de sua transferência, Vânia relatou um caso ocorrido no mês de fevereiro do corrente ano, com o diretor clínico do Hospital Dr. Weber Balhester, onde de acordo com ela, o profissional deu alta a um paciente que estava no bloco cirúrgico e o encaminhou para o setor de coloproctologia. Uma enfermeira chamou Vânia para realizar o procedimento, sendo que a mesma estava atendendo uma família de outro município, dando orientações sobre o serviço de referência do SUS. Nesse momento, a servidora relatou que o médico, bastante truculento, disse que estaria mandando-a realizar o encaminhamento: “Apesar dele ter sido grosso, expliquei para ele que essa transferência de pacientes só pode ser realizada pelos médicos e isso já era determinação da antiga gestão, sendo que nós não podíamos fazer esse tipo de procedimento. Ele disse que não queria saber, que eles que mandavam no hospital”, lembrou.

O caso foi registrado na ouvidoria do HRP e encaminhado ao Conselho Regional de Serviço Social, que na época, esteve no Janduhy Carneiro, entregando um ofício com todos os parâmetros, definindo o que é de fato atuação do profissional. O fato também foi registrado no Ministério do Trabalho como desagravo público.

A servidora está atualmente desempenhando suas funções na 6ª Gerência, como foi determinado pela diretora Silvia Ximenes, porém ,está bastante preocupada, já que segundo ela, não existe até o momento nenhuma definição: “Minha grande preocupação é que estamos na metade do mês de julho e eu não sei de fato se estou no 6º núcleo, já que não há nenhuma documentação minha lá. Sou servidora pública assalariada e temo que essa indefinição causada pela direção me prejudique no final do mês”, explicou.

Desde a última sexta-feira, (12), a reportagem do maispatos tentou entrar em contato com Silvia Ximenes através da assessoria do Hospital Regional, porém, não conseguimos falar com a diretora.

 



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //