Artes

Sérgio Lucena volta à Paraiba para Mostra “Horizonte Comum” na Usina Cultural

"Horizonte Comum"


25/08/2014



“A ênfase da mostra reside na serie inédita Ænigma Lucens. A serie de pinturas abstratas que chamei de enigma justamente por não fazer ideia do que se tratava. Hoje percebo que se tratava de um turn point, o momento da passagem” – é assim que o artista plastico Sérgio Lucena interpreta e inaugura no próximo dia 4 de setembro, na Usina Cultural Energisa, a Mostra “Horizonte Comum” com curadoria de Julia Lima e produção de Dyógenes Chaves.

Será a primeira mostra na Paraíba do famoso artista plastico paraibano, desde que se fixou em São Paulo no início de 2003. “Minha ultima exposição em João Pessoa aconteceu em 1999, no Centro Cultural São Francisco. São quinze anos desde então”.

Para ele, “esta mostra tem para mim uma importância simbólica indescritível. Ela acontece em um momento muito especial da minha vida, quando consolido um caminho e uma voz própria. Este retorno, portanto, é também um início. A roda completa o seu giro e me vejo outra vez no lugar de origem, na mesma situação que vivi quando deixei minha terra a doze anos atrás. Pronto, outra vez, para começar”.

Sobre sua obra, ele conceitua a produção: “Gosto de ver as coisas desta forma, neste sentido o giro da roda em nossas vidas não é circular, mas em elipse. Começamos sim, sempre, mas, em outro contexto, outro patamar. Este fascinante caminho, em certa altura, nos permite ver um horizonte largo e amplo. Isto não apenas enche os olhos e o coração de fascínio e alegria, como, também, nos traz a medida da nossa insignificância frente ao mistério infinito. Na vida do Espírito estamos sempre no começo”.

– “Horizonte Comum” fala daquilo que, no percurso, permanece. Aquilo comum à todos os passos que damos em nossas vidas, o que nos impulsiona, a coisa essencial que busca vir à tona, sempre. Este elemento comum à vida de todas as pessoas é o assunto da minha pintura. Tudo sempre foi e é pretexto para a elaboração deste tema: o elemento de comunhão, frisou.

Segundo ele, ao longo de um ano conversamos, a Julia e eu, sobre esta mostra. Por fim Julia concebeu uma seleção de obras que registram o que foi meu percurso desde quando cheguei a São Paulo até o presente, contudo, a mostra não tem caráter retrospectivo, na verdade é o oposto, ela propõe uma visão prospectiva. Um olhar para o futuro, o futuro que está apenas começando. E isto a partir de um ponto de vista permanente, o ponto de mutação. Logo, o que estamos tratando é da vida como paradoxo”.
 



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //