Paraíba

Segmentos governamental, educacional e privado destacam estratégias para o novo Parque Tecnológico e desenvolvimento do Centro Histórico de JP


18/01/2021

Reunião online ocorreu nesta segunda-feira

Por Ângelo Medeiros



Diversos representantes dos segmentos governamental – Governo do Estado e Prefeitura de João Pessoa -, educacional e do mercado privado estiveram reunidos, no final da tarde desta segunda-feira (18), em reunião virtual para debater a formalização do novo Parque Tecnológico “Horizontes de Inovação”, que entrará em funcionamento nos próximos meses, no Centro Histórico da Capital paraibana. A mediação foi do jornalista Walter Santos.

Participaram da reunião os secretários de Estado Cláudio Furtado (Educação) e Rubens Freire (Ciência e Tecnologia); a secretária municipal Margareth Diniz (Ciência e Tecnologia); a coordenadora do Patrimônio Cultural (Copac), Daniella Bandeira; o presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (Fapesq-PB), Roberto Germano; os professores universitários Guido Lemos e Lucídio Cabral (UFPB), Francilene Garcia (UFCG), Erick Melo (IFPB), representante da Comunidade EMBRAPII; o executivo português Rui Coelho, ex-presidente do InvestLisboa; o empresário Tarcísio Ferreira, do Grupo Paraíba Digital; e Priscila Dória, representante da Empresa Elleven.

De acordo com o articulador da reunião, Walter Santos, a reunião teve como objetivo de conhecer os detalhes da proposta do Governo do Estado, diante da decisão do governador João Azevêdo, em desapropriar o prédio do antigo Colégio Nossa Senhora das Neves, no Centro Histórico, para abrigar o Parque Tecnológico de João Pessoa.

“O que os secretários Cláudio Furtado, Rubens Freire e Margareth Diniz, e os demais participantes trouxeram na reunião nos anima a acreditar de que estaremos, de fato, encarando uma nova fase, um ciclo em que todos, sem exceção, estão sintonizados e comprometidos com a efetividade desse Parque Tecnológico tão esperado”, frisou o jornalista.

O primeiro a falar na reunião foi o secretário Rubens Freire, que destacou a importância e o investimento na região do Centro Histórico de João Pessoa. “A questão de pensar toda a região do Centro Histórico vai levar a várias intervenções do poder público naquela região para fazer com que a iniciativa privada chegue em vários setores, tornando aquela região forte novamente”, disse.

O secretário Cláudio Furtado destacou a importância da realização da live com as presenças de vários pensadores da questão tecnológica. Ele enalteceu a parceria do Governo da Paraíba com a Prefeitura de João Pessoa para formalização do Parque Tecnológico Horizontes da Inovação e assegurou que o poder público agirá como parceiro na condução e crescimento do empreendimento.

“A ideia de se levar um Polo Tecnológico para o Centro Histórico é porque, junto com ele, se reforçam os serviços da região. Isso ocorreu em vários lugares do mundo, e aqui não será diferente, e o Governo servirá como um catalizador. O Estado não tem interesse de administrar o ‘Horizontes de Inovação’, a ideia é que o ambiente seja gerido por todos os atores que compõem esse ecossistema com um modelo de gestão, e o governo entra como uma das hélices, sem tomar a frente das ações, porque esse não é o modelo de desenvolvimento que presenciamos em vários lugares do mundo que têm parques tecnológicos”, pontuou Furtado, antes de assegurar que todos os segmentos empresariais / tecnológicos serão ouvidos na fase preliminar de formação do Parque.

INVESTIMENTO EM TODO CENTRO HISTÓRICO

A coordenadora do Patrimônio Cultural de João Pessoa, Daniella Bandeira, disse que o papel da Prefeitura de João Pessoa será, prioritariamente, gerar condições de infraestrutura, mobilidade urbana, geração do emprego e renda, bem como a revitalização de toda a região que comporta o Centro Histórico.

“A chegada do Parque Tecnológico no antigo Colégio Nossa Senhora das Neves é fundamental, mas para isso é preciso que ele possa dialogar com as outras áreas da região. Para isso, revitalizar o Centro Histórico de João Pessoa é o nosso objetivo, trazendo novos ambientes, assim como foi realizado em outras grandes cidades do ponto de vista urbanístico, e para isso trazer a inovação, a ciência e tecnologia junto com outras atividades comerciais”, frisou.

JUNÇÃO DE FORÇAS

O professor Guido Lemos, da Universidade Federal da Paraíba, destacou a iniciativa criada por meio do alinhamento político, que favoreceu a ideia de negócio que vai trazer mais projetos, mais emprego e renda para o Estado. Segundo ele, é uma ação que já  começa com ampla visibilidade e interesse de mercado. “Já participei de outras articulações antes, mas faltava um endereço, um lugar para que a gente pudesse concretizar as coisas, e isso chegou com 15 a 20 anos de atraso. Espero que esse polo consiga aglutinar todos que desejam investir no tema”, frisou.

“[Geralmente] As empresas criadas por um conjunto de estudantes, junto com um orientador e pesquisador para auxiliar, tendem a morrer pela falta de uma assessoria jurídica, contábil, entre outras. O prédio é importante, mas o grupo que vai tomar precisa ser bem pensado, a exemplo do grupo de Pernambuco que soube fazer tão bem [no Porto Digital]. O prédio é bom, mas fundamental serão as pessoas que vão conseguir construir e expandi-lo, principalmente, para as empresas recém-criadas, que serão inseridas no Polo Tecnológico. Espero que possamos iniciar um caminho para conseguir transformar esse conhecimento em riqueza”, ponderou.



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