Paraíba

Secretário pede que pais não deixem filhos voltar às aulas presenciais e alerta para risco de infecção por Síndrome Inflamatória grave

A recomendação veio após os prefeitos de João Pessoa e Campina Grande autorizarem o retorno das aulas à partir do dia 13


05/10/2020

Secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros

Redação / Portal WSCOM

O secretário de Estado da Saúde (SES-PB), Geraldo Medeiros, através de vídeo divulgado nas redes sociais nesta segunda-feira (5), pediu aos pais ou responsáveis que tenham alunos matriculados nas redes de ensino da Paraíba que não liberarem o retorno às aulas presencias. A recomendação veio após os prefeitos de João Pessoa e Campina Grande autorizarem o retorno do ensino médio a partir do dia 13.

No vídeo, ele aponta que através da 9ª avaliação do Plano Novo Normal, que passa a vigorar a partir de hoje, com base em nota técnica, o Comitê Cientifico alertou para o risco eminente de contaminação em massa na liberação dessa atividade, tendo em vista que crianças podem desenvolver a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica, doença grave que é consequência da Covid-19, usando o exemplo de outros países.

“Nos Estados Unidos, por exemplo, no espaço de cinco meses houve um aumento de 500% no número de crianças contaminadas. Além disso, nós temos uma nova manifestação tardia da Covid-19 em crianças que é a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica em que as crianças manifestam um quadro tardio, geralmente 15 dias após adquirir o novo coronavírus, e que se apresenta com sintomas graves como choques e queda da pressão arterial necessitando de cuidados intensivos”, disse ele.

Geraldo alerta ainda que apesar de ser um percentual pequeno, de 0,6 à 0,7% dos casos, há uma mortalidade elevada nesses casos. Ele citou que o Ministério da Saúde garantiu doses da vacina contra a doença até Janeiro e que, com cautela, o retorno gradativo das atividades será feito no Estado.

“O assessor especial do Ministro Eduardo Pazzuello nos confirmou que em janeiro nós teremos 6 milhões de vacinas e, entre janeiro e junho, temos mais de 100 milhões de vacinas distribuídas em todo o país pelo Ministério da Saúde, digo que esse é mais um elemento de nós termos cautela e aguardamos um pouco mais para liberar as aulas presenciais”, concluiu.

Confira:



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