Futebol

São Paulo perde gols, leva castigo em falha de Ceni e se complica

LIbertadores


05/04/2013



O São Paulo vai precisar de uma combinação de sorte e competência para continuar na Taça Libertadores. A mesma competência que o time não teve para vencer um jogo que esteve em suas mãos. Sem Luis Fabiano, suspenso, Ganso, Aloísio e Osvaldo cansaram de perder gols. Uma infinidade. Rogério Ceni fez um com o pé direito machucado, mas falhou em outro, e o Tricolor perdeu por 2 a 1 para o Strongest, nesta quinta-feira, em La Paz. O vexame de ser eliminado na primeira fase está mais próximo. Clique aqui e veja as notas dos jogadores do São Paulo.

Com a terceira derrota em cinco confrontos no Grupo 3, a equipe dirigida por Ney Franco deixa a zona de classificação e permanece com apenas quatro pontos. Para avançar, precisa vencer o líder Atlético-MG, dia 17, no Morumbi, e torcer por um tropeço do The Strongest diante do Arsenal, na Argentina. Os bolivianos estão com seis, em segundo. Há até a possibilidade de a vaga ser decidida por sorteio.

O São Paulo, porém, poderia voltar ao Brasil praticamente classificado. Soliz abriu o placar com um golaço aproveitando os efeitos da altitude em chute de longe no primeiro tempo. Ceni empatou de pênalti e viu o Tricolor perder uma enormidade de chances. O castigo veio no segundo tempo. Cristaldo, também em uma bomba de fora da área, garantiu o triunfo.

O atual campeão da Copa Sul-Americana atua fora de casa mais uma vez no fim de semana. Líderes e já classificados para as quartas de final, os são-paulinos vão a Ribeirão Preto enfrentar o Botafogo-SP, domingo, às 16h, no estádio Santa Cruz, pelo Campeonato Paulista.

Não era novidade que o Strongest apostaria tudo nos chutes de longa distância para tirar proveito da altitude. Com a derrota para o Bolívar, em janeiro, como exemplo, os próprios jogadores do São Paulo passaram toda a semana alertando para o perigo das finalizações de fora da área. Mas, quando a bola rolou, faltou atenção para impedir a estratégia local e evitar a derrota momentânea.

O Tigre boliviano teve espaço. Talvez, pelo meio de campo sem tanta força na marcação. Talvez, pelos efeitos de atuar tão acima do nível do mar. O Strongest não economizou nas tentativas até que Soliz, depois de escapar de Denilson e ter muita liberdade para avançar pela intermediária, acertou o ângulo direito de Rogério Ceni para abrir o placar.

O Tricolor teve também dificuldades para combater o esquema 4-3-3 armado por Eduardo Villegas. Paulo Miranda foi quem mais sofreu. Desatento, nada criou no ataque e ainda vacilou na marcação de Pablo Escobar. Em uma deles, o ex-atacante da Ponte Preta quase ampliou ao chutar por cima.

O São Paulo tentou usar os chutes de longe a seu favor, mas parou em belas defesas de Vaca. As maiores chances estiveram nos pés de Osvaldo. Por três vezes, o atacante invadiu a área pela direita e parou no goleiro ou na má pontaria. O empate veio a três minutos do fim. Aloísio, até então apagado, recebeu na área e foi derrubado. Rogério Ceni, com o pé direito dolorido, igualou o placar.

Tricolor cansa e leva o segundo gol

O São Paulo ganhou mais poder de marcação no meio de campo no segundo tempo. No fim da etapa inicial, Maicon sentiu falta de ar e foi substituído por Wellington. O problema continuou sendo o baixo aproveitamento do ataque. Agora, com Aloísio, que teve três chances claras ao receber a bola por trás da zaga e finalizar errado.

A necessidade de vencer em casa fez o Strongest avançar suas peças e consequentemente abrir a defesa. Estava muito fácil para o São Paulo aproveitar os espaços. Ganso também teve seu momento de má pontaria ao chutar por cima um rebote que pegou livre na marca do pênalti.

O castigo estava desenhado. Ainda mais atuando contra um adversário acostumado a se aproveitar dos efeitos da altitude. A velha estratégia voltou a funcionar com precisão. Aos 20, Cristaldo arriscou de longe, a bola fez uma curva e Rogério Ceni aceitou.

Mesmo sem tanto fôlego para correr novamente em busca da igualdade, o São Paulo continuou perdendo gols. Não era a noite de Aloísio. Após boa troca de passes, ele girou sobre a marcação e chutou forte, mas no meio da meta, em cima de Vaca, ovacionado por uma torcida que pode ver seu time eliminar um dos favoritos ao título.



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