Futebol

São Paulo joga mal, e Ponte Preta arranca empate no Morumbi

Paulista


07/02/2013

 Em seu último teste, o São Paulo foi reprovado para a estreia na fase de grupos da Taça Libertadores. Em uma apresentação apática, a pior em 2013, o time não conseguiu furar o bloqueio da Ponte Preta e só empatou por 0 a 0, nesta quarta-feira, no Morumbi. Ruim para o Tricolor, ótimo para a Macaca, ainda invicta e em grande campanha no início do Campeonato Paulista.

O São Paulo, agora com apenas sete pontos, em 11º, chega ao terceiro jogo consecutivo sem vencer – perdeu para Bolívar e Santos – e não consegue encontrar uma formação ideal para usar diante do Atlético-MG, na próxima quarta, em Belo Horizonte.

O argentino Cañete, a aposta da noite para atuar pela direita do ataque, decepcionou ao lado de um time pouco inspirado e sem vibração. Jadson, a referência da equipe, também esteve abaixo da média, enquanto Ganso entrou no segundo tempo para mais uma exibição bastante discreta. Clique aqui e veja as notas dos jogadores.

A Ponte Preta comemora o precioso ponto que a mantém em segundo lugar, agora com 14, perdendo apenas no saldo de gols para o Santos – oito contra seis. A Macaca, aliás, acumula de quebra o sexto jogo sem perder na competição – são quatro vitórias e dois empates. O time campineiro levou apenas um gol no Paulistão.

Com os reservas, o Tricolor volta a campo no sábado, contra o Guarani, às 16h20m, no Brinco de Ouro, em Campinas. A Ponte visita o Ituano, no mesmo dia, às 19h30m, no estádio Novelli Júnior, em Itu.

Primeiro tempo sonolento
Dezoito minutos. Osvaldo recebe passe na entrada da área e chuta. A bola desvia em um marcador e sobra fácil para o goleiro Edson Bastos defender. A primeira e penúltima finalização do São Paulo foi o resumo da pior atuação da equipe dirigida por Ney Franco em seis partidas em 2013. Muito ruim, justamente no confronto que decidiria quem seriam os titulares na estreia na fase de grupos da Libertadores, contra o Atlético-MG, quarta-feira que vem, em Belo Horizonte.

A estratégia tricolor em trocar Paulo Henrique Ganso por Cañete, destaque no segundo tempo da derrota para o Santos, não funcionou como o treinador imaginou. O argentino apareceu pouco atuando quase como um ponta-direita e sobrecarregou Jadson na criação. O “efeito dominó” atingiu em cheio Osvaldo e Aloísio, apagados em campo.

Ney ainda tentou dar mais força ao meio de campo passando o gringo para atuar mais próximo de Jadson. A alteração durou poucos minutos e não surtiu efeito. O máximo que o Tricolor conseguiu foi uma bola enfiada por trás dos defensores alvinegros que Aloísio mandou pela linha de fundo.

A Ponte Preta também colaborou para frear o São Paulo. Com quatro vitórias consecutivas, a Macaca se mostrou satisfeita com o empate e jogou claramente por ele ao recuar toda em seu campo de defesa. Baraka anulou Jadson, enquanto Chiquinho ajudou a fechar o lado esquerdo da defesa, impedindo que Douglas descesse com frequência. William, já perto do fim, perdeu a única chance ao ganhar da zaga na velocidade e chutar em cima de Denis.

Tédio no Morumbi
A conversa no intervalo de nada adiantou para mudar o rendimento são-paulino. O treinador manteve a formação da primeira etapa e não encontrou soluções para corrigir os problemas ofensivos. Cañete pela direita, Jadson pelo centro e Osvaldo na esquerda… todos facilmente controlados pela forte e bem posicionada defesa campineira.

Com pouco mais de dez minutos, Ney Franco mostrou que está mesmo com a cabeça apenas na Libertadores. Ele sacou o zagueiro Rhodolfo para testar Rafael Toloi jogando pela esquerda, e Wellington para a entrada de Paulo Miranda. Alteração na frente apenas Paulo Henrique Ganso, ovacionado pelo pequeno público presente, em substituição a Jadson.

Com as modificações, Cañete passou a atuar mais pelo centro da criação, tendo Ganso logo atrás e Douglas liberado para ser um ponta pela direita. A evolução, contudo, não apareceu. Aloísio quase não foi acionado na frente e, quando recebeu a bola, foi muito bem marcado pelos alvinegros. Pior, o Tricolor passou a errar passes em demasia e a irritar a torcida. Apenas Osvaldo, pegando de primeira, exigiu trabalho de Edson Bastos.

A Macaca, aliás, poderia ter aproveitado melhor os espaços e as falhas adversárias. Chiquinho apareceu livre duas vezes pela esquerda do ataque, mas, primeiro, parou em grande defesa de Denis. Depois, no último lance, acertou o travessão.



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //