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Salgueiro leva o Estandarte de Ouro de melhor escola

melhor escola


05/03/2014



A Acadêmicos do Salgueiro levou os prêmios de melhor escola, melhor samba-enredo e melhor bateria do Estandarte de Ouro deste ano. A escola, penúltima a desfilar na madrugada de domingo, levou para a Marquês de Sapucaí o enredo “Gaia, a vida em nossas mãos”, que focou nos mitos para a criação do universo e o envolvimento do homem, de diversas tribos, com o planeta Terra. A última vez que a escola levou o prêmio foi em 2009, ano em que seu enredo, “Tambor”, também foi eleito o melhor pelos jurados. O samba é de autoria de Xande de Pilares, Dudu Botelho, Miudinho, Betinho de Pilares, Rodrigo Raposo e Jassa. O prêmio é concedido pelo jornal O GLOBO aos melhores do carnaval.

O diretor da bateria do Salgueiro, Mestre Marcão, dedicou o prêmio a todos os ritmistas:

– É meu décimo ano à frente da bateria. Ganhar mais uma vez esse prêmio é incrível. É um trabalho de conjunto. Esse estandarte vai para cada componente da família furiosa que deu seu suor, sorriso e sangue.

O desfile da vermelha e branca da Tijuca foi um dos destaques do primeiro dia de desfiles do Grupo Especial. O enredo é assinado pelos carnavalescos Renato Lage e Márcia Lage. O carnavalesco, que ganhou fama de futurista nos anos 1990, apostou no tradicional, em alegorias e adereços que agradaram público e crítica.

Melhor puxador é da Grande Rio

Emerson Dias, da Grande Rio, é o puxador campeão do Estandarte.

– Foi meu primeiro ano como principal puxador da Grande Rio. Ganhar esse prêmio é muito emocionante para mim. Não tenho palavras para agradecer a todos que acreditaram em mim.
Além da melhor ala das baianas e de passistas (a ala Folia Nordestina), a Mangueira conquistou o prêmio para comissão de frente.

– Minha vontade era trazer uma coisa nova para o expectador. Eu não queria nenhuma alegoria, a escola comprou – explicou o coreógrafo Carlinhos de Jesus.

Phelipe Lemos, da Imperatriz, ganhou o estandarte de melhor mestre-sala pela segunda vez.

– Estou muito feliz de vencer pelo segundo ano consecutivo. O prêmio é nosso, Raphaela. Sem ela não funcionaria tão bem.

A melhor porta-bandeira foi Giovanna, da Vila Isabel. Andrezinho, da Grande Rio ficou com o Estandarte de melhor passista masculino.

– Não sei o que me fez ganhar, mas sei que entrei na avenida com muita garra, amor e sambando muito – revelou Andrezinho.

A melhor passista feminina foi Marisa Furacão, também da Grande Rio.

– É uma grande alegria vencer esse prêmio. Só tenho que agradecer à diretoria da escola, que sempre brigou muito para que pudéssemos dar o nosso melhor – disse Marisa.

O Estandarte de revelação do desfile 2014 saiu para Marcinho, mestre-sala da Ilha do Governador.

– Chorei de felicidade. Parece tudo um sonho. Já era uma realização sair, finalmente, como primeiro mestre- sala.

Agora, vencer o Oscar do samba é uma felicidade muito maior. É o reconhecimento do trabalho de um ano.
Já o prêmio de melhor ala saiu para a das Damas, da Portela, que veio com a fantasia Passeio no Boulevard, tendo Dodô à frente. A ex-porta-bandeira Maria Helena, da Imperatriz, foi a personalidade do ano. Ela desfilou em um tripé antes do abre-alas da escola. Ela também foi uma das homenageadas pela Porto da Pedra, na Série A, que teve como enredo os casais de mestre-sala e porta-bandeira.

A União da Ilha ganhou o prêmio de melhor enredo, com "É brinquedo, é brincadeira: a Ilha vai levantar poeira!". Quem assina é o carnavalesco Alex de Souza.

– Estou maravilhado, em estado de graça, muito feliz, emocionado. É o terceiro estandarte que eu ganho. A ideia era exatamente essa, desde o começo: emocionar o público, porque todo mundo foi criança um dia. Não era apenas um enredo sobre universo infantil, porque isso já passou pela avenida. Era um enredo sobre infância, e isso encantou as pessoas. Essa consciência de que criança não é brinquedo, e que ela merece esse tempo para curtir a infância – afirmou Alex.

Viradouro foi a melhor do Acesso

No domingo, a Unidos do Viradouro venceu o prêmio de melhor escola pela Série A, com um samba em homenagem à cidade natal Niterói. A vermelho e branco levou o prêmio com enredo "Sou a terra de Ismael, ‘Guanabaran’ eu vou cruzar… Pra você tiro o chapéu, Rio eu vim te abraçar", que levantou o público do Sambódromo e empolgou os componentes.

Já o prêmio de melhor samba-enredo do Acesso foi conquistado pela Acadêmicos do Cubango, agremiação também de Niterói. O samba "Continente negro – Uma epopeia africana" conquistou o júri da premiação, e foi escrito pelos sambistas Sardinha, Gustavo Soares, Diego Moura, Lequinho, Igor Leal, Junior Fionda, Wagner Big e Deigre Silva.

Considerado o “Oscar do carnaval carioca”, o Estandarte de Ouro, oferecido pelo GLOBO, foi criado em 1972, e encontra-se na 43ª edição. O prêmio será entregue no dia 15 de março, em festa no Vivo Rio. O júri é formado pelos seguintes especialistas: Aloy Jupiara, Gerente digital do “Extra”, cobre carnaval desde 1989; Ana Botafogo, Bailarina que coreografou comissões de frente de Vila e Mocidade; Argeu Afonso, Presidente do júri, foi jornalista do GLOBO por 42 anos; Claudia Kopke, Figurinista do programa "Esquenta", da Rede Globo; Daniela Thomas, Cenógrafa de teatro e diretora de cinema; Felipe Ferreira, Coordena o Centro de Referência do Carnaval da Uerj; Haroldo Costa, Ator, escritor, produtor de rádio e TV, é jurado desde 1973; Leonardo Bruno, Colunista de carnaval do "Extra", onde é gerente de negócios; Luis Filipe de Lima, Músico, estuda ritmo das religiões afro- brasileiras; Lygia Santos, Museóloga e filha do compositor Donga, no júri desde 1977; Marcelo de Mello, Jornalista do GLOBO, fez mestrado sobre a Beija-Flor; Maria Augusta, Carnavalesca e professora aposentada de Belas Artes na UFRJ.

 



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