Paraíba

Ricardo diz que Brasil e Paraíba agradecem a existência iluminada de Ariano na l


24/07/2014

O governador Ricardo Coutinho participou na tarde desta quinta-feira (24) do velório do escritor e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna realizado em um clima de muita comoção e manifestações da cultura nordestina no Palácio das Princesas sede do governo do Pernambuco. A presidente da República, Dilma Rousseff, o governador de Pernambuco, João Lyra, o governador da Bahia, Jaques Wagner, e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, amigo pessoal de Ariano, e familiares deram o último adeus ao mestre da literatura nordestina.

Ricardo, que esteve acompanhado da primeira dama do Estado, jornalista Pâmela Bório e do secretário de Comunicação do Estado, Luis Torres, deixou seu sentimento a viúva Zélia e aos cinco filhos de Ariano Suassuana. Durante todo o dia pessoas de todas as classes sociais torcedores do Sport, seu time do coração, e artistas declamaram poesias e cantaram uma música que Ariano gostava de usar nas campanhas do PSB "Madeira do Rosarinho" que diz no seu refrão: "Nós somos madeira de lei que cupim não rói".

O governador disse que a Paraíba, o Brasil e mundo deve celebrar a existência de Ariano Suassuna que expressou tão bem o que disse Liev Tostoi "Se queres ser universal cantas a tua aldeia". "Ariano acreditava com coragem em coisas como soberania, cultura popular e criou o movimento armorial juntando o erudito com o popular e levando a literatura a uma grande número de pessoas. A contribuição de Ariano para a cultura brasileira é imensurável e nós só temos que agradecer a uma existência tão iluminada e eterna em nossa literatura".

A jornalista Pâmela Bório destacou que apesar do espaço vazio o que fica na mente dos brasileiros são as lembranças de suas histórias e obras marcantes como A Pedra do Reino e o Auto da Compadecida. "Existe uma sentimento de consternação porque Ariano conseguia cativar e conquistar a admiração de intelectuais a pessoas menos escolarizadas valorizando a nossa nordestinidade. Ele foi marcante e várias gerações ainda vão passar e assimilar esse legado".

O jornalista paraibano Evaldo Costa, amigo pessoal de Ariano, disse que Ariano Suassuna era um monstro sagrado da cultura que conseguiu traduzir em símbolos toda uma nação, com suas diferenças, mas dentro da identidade cultural do Nordeste.

"O fato de ter nascido e vivido da Paraíba e se radicado em Pernambuco faz com que seja universal em sua obra com aspectos do Sertão e do Cariri paraibano de sua juventude e a vida perto do mar em Recife. Era um grande professor, mestre, um artista em sua totalidade que se expressava na literatura, no teatro, na música e conseguiu romper a fronteira do que era erudito e popular criando o movimento armorial. Vejo como o maior artista brasileiro da segunda metade do século XX", finalizou.



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