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Ricardo Coutinho deixa a prisão em João Pessoa após decisão do STJ; veja a saída

Ex-governador ficou pouco mais de 24 horas preso preventivamente por mandado oriundo da sétima fase da Operação Calvário – Juízo Final.


22/12/2019

Saída do ex-governador Ricardo Coutinho da Penitenciária Média de Mangabeira

da Redação
Portal WSCOM

O ex-governador Ricardo Coutinho deixou, no início da noite deste sábado (21), a carceragem da Penitenciária de Segurança Média Juiz Hitler Cantalice, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa. Ele se beneficiou de decisão do ministro Napoleão Maia, do Superior Tribunal de Justiça (STF), que deferiu Habeas Corpus ajuizado pela defesa do líder socialista.

A medida beneficiou também outros alvos da Operação Calvário, a exemplo da prefeita do Conde, Márcia Lucena; do advogado Francisco Ferreira; do executivo David Clemente Correia, e da ex-secretária de Estado da Saúde, Cláudia Veras, que sequer chegou a ser presa.

Várias lideranças políticas ligadas ao ex-governador, entre eles, o deputado federal Gervásio Maia (PSB), foram para a entrada da Penitenciária Média de Mangabeira demonstrar apoio a Ricardo Coutinho e acompanhar a sua saída.

“Trata-se da maior liderança política do nosso Estado, trata-se de um homem que fez muito bem a milhares de paraibanos e paraibanas, e o STJ fez valer a Justiça brasileira. Ricardo tem todo o direito de se defender, não havia nenhuma justificativa para a decretação dessa prisão preventiva. Vamos com serenidade e com respeitamos a Justiça, mas insistimos que é preciso fazer valer o estado democrático de direito, algo que não podemos abrir mão”, comentou Gervásio Maia.

Confira a saída do ex-governador da Penitenciária Média de Mangabeira:

 


*As imagens são do Instagram do Deputado Gervásio Maia

OPERAÇÃO CALVÁRIO

A denúncia que resultou na sétima fase da Operação Calvário, deflagrada na última terça-feira (17) para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra políticos e empresários, apresentou a hierarquização e divisão de suposta organização criminosa, subdividida em quatro núcleos divididos em político, econômico, administrativo e financeiro operacional.

De acordo com o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado da Paraíba (MPPB) o ex-governador é apontando como chefe da suposta organização criminosa que desviou R$ 134,2 milhões de recursos da saúde e educação do Estado.

O MPPB afirma que as investigações apontam que Ricardo Coutinho tinha domínio sobre os demais poderes, incluindo o TCE-PB, que encobriu e ocultou em determinadas situações delituosas que eram centrais no modelo de negócio da estrutura criminosa.



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