Paraíba

Retenção de macas na PB é destaque no Fantástico; O Globo mostra violência

caos


10/08/2014

Mais uma vez denuncias do caos na Saúde Pública do Estado da Paraíba, ganhou a mídia nacional. Desta vez uma grande reportagem do programa Fantástico mostrando a retenção de macas de ambulâncias do SAMU em várias cidades do país. Na Paraíba, o Hospital de Trauma de Campina Grande foi o cenário das cenas dramáticas de ambulâncias congestionadas, enquanto cidadãos esperavam por atendimento. Já o Jornal O Globo traz na edição deste domingo estatisticas mostrando crescimento dos homicidios na Paraiba – o segundo maior indice.

A reportagem flagrou várias ambulâncias na porta do Trauma de Campina Grande e ouviu o desabafo de pacientes e socorristas do SAMU.

“Teve dias de a gente chegar aqui por volta de meia noite, sair daqui dez horas da manhã, onze horas, meio dia. Já várias, várias vezes”, afirma Silvia Santa Cruz, enfermeira do Samu.  A equipe flagrou uma ambulância que ficou uma hora parada sem maca. Ao mesmo tempo, na BR-230, um motoqueiro também esperava.

Morte

No começo de julho, a retenção de macas levou à morte de um senhor em Campina Grande.

“Perdi meu pai. Eu não gosto nem de pensar. Eu me humilhando, entendeu? E só escutando, só escutando, escutando… E nada. Pedindo ambulância”, conta Francisco Rodrigues Filho, filho da vítima.

O drama dessa família começou quando o pai de Francisco teve um infarto em casa.  A primeira a ligar para o Samu foi a nora.

Nora: Ele tá sentindo muitas dores.

Central do Samu: Senhora, olha. No momento eu tô sem nenhuma ambulância. Sem UTI móvel, sem unidade básica. Eu tenho algumas com maca presa no Hospital de Traumas e as outras estão em ocorrência.

A família esperou três horas e desistiu.

“Coloquei meu pai em cima de uma camionete para trazer para o hospital. Quando eu cheguei aqui, cinco ambulâncias da Samu que eu vi. Todas sem maca”, conta o filho da vítima.

O seu Francisco foi trazido para o hospital, que, além de Campina Grande, atende a mais de 270 municípios de quatro estados diferentes. É o único hospital de referência da região.

Todas as macas retidas

O coordenador do SAMU em Campina Grande, Hermano Barbosa da Silva, informou que o serviço dispõe na cidade de 10 ambulâncias e já chegou a ficar com todas retidas no Hospital. "Para cada unidade, nós temos uma reserva. Quando o serviço fica 100% inviável, é porque, além das dez macas reservas, ficaram também as dez macas oficiais da unidade retidas no hospital", disse Hermano alertando que isso acontece rotineiramente.

Culpa do SAMU

O secretário de Saúde do Estado, Waldson de Sousa, que as macas ficam presas, porque o Samu manda pacientes para lá que poderiam ir para unidades mais simples e não avisa os médicos.

“Na medida em que você tem uma ambulância direcionada a qualquer serviço sem ter a regulação médica, sem preparar o hospital, obviamente que essa ambulância, ela terá que esperar a liberação da maca. Essa responsabilidade não pode ser do hospital, ela não deve ser do hospital. É como se você tivesse preparado para receber cinco pessoas na sua casa para almoçar e chegar 50”, afirma o secretário.

Hermano rebate o secretário: “Eles acham que a gente sempre coloca o paciente lá, o que não é uma verdade. Nós trabalhamos aqui com uma grade de referência hospitalar. A gente tenta poupar a todo momento, colocar paciente que pode ficar em outro hospital ao invés de colocar lá no trauma”, afirmou.

Violência

Já no Jornal “O Globo”, trouxe reportagem sob o titulo “Violência sem trégua” indicando que, ao invés de reduzir, cresceu o índice de homicídios no Brasil onde aponta a Paraíba como o segundo Estado que mais piorou no enfrentamento à violência ficando acima de Sergipe, Minas Gerais e Bahia.

Segundo a reportagem, a taxa de homicídios cresceu de 24,3 para 39,3%.

MAIS VIOLENCIA

Já no Jornal “O Globo”, reportagem sob o titulo “Violência sem trégua” indica que, ao invés de reduzir, cresceu o índice de homicídios no Brasil onde aponta a Paraiba como o segundo Estado que mais piorou no enfrentamento à violência ficando acima de Sergipe, Minas Gerais e Bahia.

Segundo a reportagem, a taxa de homicídios cresceu de 24,3 para 39,3%.



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