Política
Renan apoia Alves e sinaliza que não vai barrar o texto no Senado
NO CONGRESSO
08/08/2013
Na contramão do que deseja o Palácio do Planalto, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu ontem a aprovação da proposta que torna obrigatória a execução das emendas de deputados e senadores ao Orçamento da União. Renan disse que a proposta –uma bandeira do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB)– acaba com o "toma lá, dá cá" entre os Poderes.
"Tem que aguardar chegar da Câmara. Eu defendo. Acho que é momento para acabar com o toma lá, dá cá e tornar mais transparente a relação entre Executivo e Legislativo", afirmou Renan.
Henrique Alves ignorou os apelos do Planalto e começou a trabalhar pela aprovação da proposta, uma das que mais incomodam o governo na pauta atualmente em discussão no Congresso.
Na mesma linha, Renan sinalizou que não vai barrar a votação da matéria se ela for aprovada pela Câmara, o que deve ocorrer até o fim do mês.
Ontem Alves recuou e desistiu de colocar o texto em votação no plenário, remarcando para a próxima terça.
Pela legislação atual, cada parlamentar pode apresentar, anualmente, até R$ 15 milhões em emendas, mas nada obriga o governo a liberar dinheiro para esses projetos.
Pelo contrário, em geral elas são o alvo preferencial da equipe econômica do governo quando há necessidade de cortes no Orçamento.
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