Saúde

Regiões com lockdown tiveram leve diminuição no ritmo de crescimento de casos de Covid-19


02/06/2020

Novo SARS-CoV-2 de Coronavírus Micrografia eletrônica de varredura colorida de uma célula mostrando sinais morfológicos de apoptose, infectados com partículas do vírus SARS-COV-2 (verde), isoladas de uma amostra de paciente. Imagem capturada no NIAID Integrated Research Facility (IRF) em Fort Detrick, Maryland. Crédito: NIAID

Portal WSCOM

O Comitê Científico do Consórcio Nordeste para a COVID-19 lançou seu boletim número 8 e recomendou que as medidas de isolamento social ainda não devem ser relaxadas na região. Segundo o comitê, graças às medidas houve nos últimos 10 dias uma leve diminuição no ritmo de crescimento de casos confirmados e de óbitos causados pela Covid-19 em algumas localidades.

A leve diminuição está relacionada àquelas localidades que optaram por implementar planos de isolamento social mais rígido (conhecido também como “lockdown”), como Fortaleza, São Luís, e Grande Recife, disse.

“Apesar disso, os números de casos e óbitos continuam aumentando por todo NE, e em nenhum estado o pico da doença foi atingido. Este fato confirma a projeção anunciada nos boletins anteriores de que em nenhum estado o pico seria atingido antes do mês de junho. Por conta desta diminuição no ritmo de crescimento, alguns estados e municípios anunciaram que pretendem flexibilizar as medidas de isolamento a partir de 1º de junho”, continua o boletim.

O comitê apontou que tem clareza sobre as dificuldades e os prejuízos econômicos causados aos estados, municípios e à sociedade como um todo pela manutenção de longos períodos de isolamento social, sendo mais danosos para os trabalhadores de baixa renda dos setores de serviços não essenciais.

“Entretanto, este Comitê continua mantendo a posição de que ainda não é o momento propício de flexibilizar as medidas de isolamento social, uma vez que o pico da epidemia do Covid-19 não foi atingido em nenhum estado da região Nordeste, como os dois gráficos abaixo (Figuras 1 e 2) ilustram. As figuras exibem a evolução dos casos acumulados e óbitos, tanto para os estados como um todo, como também para suas capitais. Considerando os Estados, podemos notar que o número de casos novos continuam dobrando num período entre 5 e 9 dias, enquanto os óbitos dobraram entre 7 e 11 dias. No caso específico das capitais, tantos os casos como os óbitos continuam dobrando num período entre 7 e 15 dias”.

O Comitê disse que o relaxamento das medidas  poderá acarretar um aumento de 200 mil casos da doença e 7,5 mil óbitos adicionais no final do mês.



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //