O governador João Azevêdo (PSB) afirmou nesta quarta-feira (21) que o Estado adotará medidas para punir os responsáveis pelos danos à saúde de pacientes atendidos no mutirão oftalmológico em Campina Grande, realizado no Hospital de Clínicas. A Fundação Rubens Dutra Segundo, contratada para executar os procedimentos, é acusada de utilizar medicamentos vencidos, que levou a problemas graves, incluindo perda de visão.

Durante entrevista após a inauguração do Centro de Convenções da cidade, o governador destacou que o contrato com a fundação foi suspenso. Ele informou que processos administrativos e criminais já foram abertos. “Tudo o que poderia ser feito, foi feito. A suspensão do contrato, a abertura de processos administrativos e criminais já ocorreram. É assim que age um Estado que tem responsabilidade com a população”, afirmou.

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Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB), 29 pacientes relataram problemas de saúde após os procedimentos, alguns deles de alta gravidade. Sete continuam internados no Hospital Metropolitano, em Santa Rita, e passarão por cirurgias em um hospital particular de João Pessoa, especializado em retina e contratado pela SES. Os demais estão sob acompanhamento e grande parte já recebeu alta, segundo o secretário de Saúde, Ari Reis.

A secretaria também confirmou que seis frascos de medicamentos usados no mutirão estavam vencidos no momento da aplicação. A pasta ressaltou que os insumos e profissionais envolvidos eram de responsabilidade da empresa contratada.

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) instaurou procedimento para apurar os fatos. A promotoria solicitou informações sobre o total de pacientes, os tipos de procedimentos realizados, os profissionais responsáveis e o contrato firmado com a Fundação Rubens Dutra Segundo.