Entretenimento

Projeto Music From Paraíba fecha o ano com shows das bandas Baluarte e Gauche

Neste domingo


14/12/2015



A última edição de 2015 do projeto permanente Music From Paraíba será diferente acontece no domingo (20). As atrações são as bandas Baluarte e Gauche, agendadas para o mês anterior e que não subiram ao palco por problemas gerador de energia elétrica. As apresentações começam às 20h, no Teatro de Arena do Espaço Cultural José Lins do Rêgo. A entrada é gratuita.

Music From Paraíba é um projeto de divulgação da música dos artistas paraibanos no Brasil e no exterior. Na sua segunda edição, o projeto traz 71 músicas de artistas paraibanos ou radicados no estado. As faixas estão distribuídas em quatro CDs organizados em um box que lembra o formato capa de LP de vinil com arte assinada pelo designer Silvio Sá. Na coletânea, há representantes de diversos gêneros como rock, forró, samba, música eletrônica, jazz, música instrumental, funk, blues, reggae, brega, entre outros. Ao longo do ano, é realizada uma temporada de shows com artistas contemplados na coletânea. Em João Pessoa, os shows são realizados todos os meses, sempre no último domingo, no Teatro de Arena.

Além da capital paraibana, o projeto já visitou neste ano os municípios de Campina Grande, Cajazeiras e Catolé do Rocha. A expectativa é que, assim como na primeira edição, o projeto continue circulando por outras cidades, para que a música produzida no Estado seja conhecida também pelo povo paraibano. O projeto é uma realização do Governo do Estado por meio da Fundação Espaço Cultural da Paraíba e conta com apoio da empresa Cerâmica Elizabeth.

Baluarte – A banda surgiu em 2006, e desde de então vem desenvolvendo um trabalho já reconhecido em na capital paraibana, de composições autorais no âmbito da música popular. Influenciados pela música e cultura nordestina, os músicos flertam com as possibilidades de diálogo entre essas influências regionais com a música de outros lugares do brasil e do mundo. E não foi diferente com o “Pulsa”, seu trabalho mais recente, lançado em setembro de 2014. As 12 12 canções que compõem o repertório conversam com o universo latinoamericano, demonstrando a aproximação rítmica e timbrística das suas diversas manifestações musicais com a cultura nordestina. O estímulo que levou a banda a seguir por tais caminhos foi o contato com outras linguagens artísticas como o teatro e, principalmente, a dança, pois quatro canções desse repertório participaram da trilha sonora do espetáculo Pulsação (João Pessoa ‐ 2008), da Companhia Acena de Dança, dirigido por Rosa Cagliani e Joyce Barbosa. A canção “Pulsa”, que dá nome ao disco, é uma homenagem in memoriam a Rosa Cagliani, diretora, bailarina e coreógrafa argentina, cuja atuação e colaboração artística à cultura paraibana, desempenharam papel importante para incentivar a realização desse novo projeto. “Pulsa” propõe um debate sobre a existência de uma identidade musical latinoamericana, mostrando como a música popular paraibana está inserida neste contexto. Atualmente as apresentações contam com as canções do CD “Pulsa”, com a inserção de algumas músicas do primeiro álbum, o “Semaforizado” (2009), a exemplo de “Cordas”, “Intempestiva” e “Consciência Negra”.

Gauche – A palavra “gauche”, que dá nome à banda, tem origem francesa e se posiciona na literatura portuguesa com o icônico “Poema de Sete Faces” de Carlos Drummond de Andrade. A expressão, que significa literalmente “esquerdo”, mas ganha conotações de “deslocado”, “torto” e “desconfortável”, ajuda a nortear os ouvintes de Teatro de Serafins, seu primeiro CD. A sonoridade criada por Bruno Guimarães (vocal, teclado, guitarra base), Berg Ferreira (baixo), Luís Venceslau (guitarra solo) e Paulo Alvez (bateria) foi azeitada pelo produtor Nildo Gonzalez. Conhecido por seu trabalho como ex-baterista da banda Seu Pereira e Coletivo 401 e integrante da banda Rieg, ambas da Paraíba, sua presença foi crucial para criar um senso de unidade, já que o disco traz composições feitas entre 2005 e 2014, passando por diferentes formações ao longo do tempo. Em 2013, a banda foi contemplada pelo FIC Augusto dos Anjos. Gravado em João Pessoa Estúdio Mutuca, o disco traz diálogo entre o Britpop dos anos 1990, a psicodelia sessentista, Pink Floyd e expoentes brasileiros como Os Mutantes, Secos & Molhados, o movimento tropicalista, Clube da Esquina e o rock progressivo do Violeta de Outonoajudou a construir o som do disco. O álbum é considerado por diversos blogs e sites especializados em música independente como um dos melhores discos nacionais de 2014, como Scream & Yell, Atividade FM, Melhores da Música Brasileira e Música Café – neste último alcançando a sétima colocação dentre os 10 melhores.



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