Paraíba

Prestadores de serviços da Oi asseguram conquistas e encerram greve na PB


07/11/2013



Reunidos em assembleia realizada ontem à noite, os funcionários da ARM, responsáveis pela instalação e manutenção de linhas e aparelhos telefônicos da Oi em toda a Paraíba, decidiram à unanimidade, retornar às suas atividades nesta quinta-feira, pondo fim ao movimento paredista deflagrado em todo o estado na última segunda-feira.

Eles aceitaram o acordo firmado entre a empresa de telefonia e o Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Estado da Paraíba e a CUT. Dentre as conquistas asseguradas pelas entidades à categoria, constam o piso salarial de 700 reais retroativo a 1º de novembro, reajuste de 6,38% sobre o salário vigente em 1º de agosto para os demais funcionários até a função de gerentes, uma ajuda de custo especial de 250 reais a ser paga este mês, pelos três meses de postergação dessa readequação.

A presidente do Sinttel, Luzenira Linhares, citou ainda outros pontos que não constavam na convenção coletiva e foram incorporados após exaustiva negociação ao acordo, a exemplo do reajuste de 6,38% a partir de 1º de novembro aos veículos agregados pelos funcionários, do pagamento de ticket-alimentação nas férias no percentual de 50% e abono das faltas decorrentes da paralisação, através da compensação do respectivo período por uma hora diária além da jornada de trabalho, entre segunda-feira e sábado.

Auxílio creche

"Também garantimos o pagamento pela empresa, a título de reembolso às trabalhadoras lactantes, do auxílio creche, consistente no reembolso, do primeiro dia do quarto mês de vida até um ano e oito meses de idade completa do filho natural ou adotivo, do valor de R$ 159,57", afirmou, acrescentando que o ticket alimentação também ganhou um incremento de 10%, com efeito retroativo a partir de 1º de setembro. Além dessas cláusulas sociais, ela destacou a garantia de direitos, como liberação de diárias antes das viagens, bem como registro de ponto ‘sem escalas", no destino de retorno.

Nesse contexto, o sindicalista Marcos Henriques falou da importância da iniciativa, inédita no país, da Câmara de Mediação de Conflitos, que condicionará à empresa e Sinttel o cumprimento do devido processo legal na apuração de denúncias, assegurados aos envolvidos os princípios universais da ampla defesa e contraditório."Com isso, serão proporcionadas condições necessárias para apuração e responsabilização de denúncias as mais variadas, como maus tratos e assédio moral e até sexual por gestores", declarou.



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