Um vídeo divulgado na última sexta-feira (13) pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos, no litoral de São Paulo, mostra como um grupo preso por adulterar cerveja fazia a falsificação da bebida. Quase 4 mil garrafas foram adulteradas. As cervejas mais baratas ganhavam o rótulo de outras mais caras e eram vendidas em vários comércios da região.

 As imagens feitas pela Polícia Civil mostram como os homens contratados pelo dono de uma adega mudavam as embalagens. As garrafas ficavam submersas na água para que o rótulo original se soltasse. Depois, era colocado o falso, e também a tampinha, já com a ajuda de uma prensa. Os rótulos e tampas falsificadas eram compradas em São Paulo.

 Após a produção, o proprietário comercializava as bebidas mais baratas, adquiridas licitamente, como se fossem de outra marca. A polícia descobriu o esquema depois de receber uma denúncia anônima. A falsificação era feita nos fundos da adega, que estava com toda a documentação regular.

 "Não eram comercializadas na adega as bebidas desse tipo. Ele as vendia somente a bares e restaurantes, mas no comércio dele ele não praticava esse tipo de venda", explicou o delegado da Polícia Civil, Luiz Ricardo Lara.

 Lara acredita que os compradores não sabiam que as bebidas eram adulteradas. Cerca de 200 engradados eram vendidos por semana, sendo 4.800 garrafas.
Quatro pessoas foram presas, além do dono da adega, os três funcionários que ele contratou. Todos responderão por crime contra as relações de consumo, e podem ficar de dois a cinco anos na cadeia.