Paraíba

Presidente diz que TJPB precisa de mais 5 desembargadores e anuncia concurso

entrevista


26/07/2013

A desembargadora Maria de Fátima Bezerra Cavalcanti, presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba concedeu entrevista na noite desta quinta-feira, 25, ao programa Conexão Direta, da TV Arapuan, e falou entre outras coisas de temas indigestos para o judiciário, como nomeações através de políticos, férias de 60 dias e trabalho de terça a quinta nas comarcas do interior. Ela previu a realização de concursos para o TJ da Paraíba e disse que o órgão precisa de pelo menos mais cinco desembargadores. “Precisamos não apenas de mais cinco desembargadores. Mas de muito mais servidores e juízes, porque todos nós da Justiça trabalhamos exaustivamente”, justificou.

A presidente garantiu que os magistrados acabam trabalhando de segunda a segunda, por que sempre leva trabalho para casa e mesmo sem está no fórum ou na comarca de origem, ele segue trabalhando nos despachos em casa ou estudando para ter melhor capacidade de decidir.

"Eu peço a sociedade que olhe pela seguinte ótica; quem tiver um juiz na família ou no seu circulo de amizade ateste sua qualidade de vida", destacou.

A desembargadora disse ainda que por conta deste excesso de trabalho que faz com que o juiz acabe deixando a família para segundo plano, é necessário férias de 60 dias para os magistrados.

"Eu mesma acabo utilizando os recursos tecnológicos para suprir minha ausência em casa, mantenho contato com meu filho através de mensagem para saber se já fez a tarefa por exemplo. Também conheço juízes que espalham câmeras por sua residência para poder do trabalho acompanhar o que está acontecendo em casa", ponderou.

Sobre a indicação de desembargadores e ministros ainda depender, em alguns casos, da indicação política, a presidente lembrou que há pouco tempo até os magistrados de carreira dependiam desta nomeação, mas agora ela é feita pelo presidente do Tribunal obedecendo critério objetivos.

A desembargadora também falou sobre política, e disse que apesar de conviver com política desde criança, já que seu pai foi vereador e deputado por vários mandatos, e em seguida acabar casando com o ex-governador José Maranhão (PMDB), juncou se interessou por seguir a carreira política. Ela disse ainda que, mesmo nos momentos em que ocupou a função de primeira dama do estado, não deixou a magistratura de lado.

"Acredito que nenhum juiz deixe a magistratura em segundo plano, por isso, no período em que fui primeira dama, não pude exercer o papel social, mas sempre estive ao lado do governador lhe dando apoio moral", declarou.

 



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