Futebol

Ponte vence Paulista e Gramado, bate recorde de 1981 e desbanca o Santos

paulista


24/03/2013

 A Ponte Preta confirmou neste domingo a maior sequência invicta em um começo de temporada da sua história. Com mais um gol do atacante William, que assim se isola como principal marcador do Campeonato Paulista, a Macaca superou o mau estado do gramado do Jayme Cintra – prejudicado pela forte chuva em Jundiaí –, o bom momento do Paulista e a forte pressão adversária no fim da partida para vencer por 1 a 0. O jogo fechou a 14ª rodada.

O resultado coloca o elenco pontepretano definitivamente na história do clube. Depois de igualar na quinta-feira a marca da equipe de 1981, que ficou 13 partidas sem ser derrotada no início daquele ano, a atual formação da Macaca supera o time dirigido por Jair Picerni. Mais que isso, praticamente garante a classificação às quartas de final.

Agora com 30 pontos, a Ponte reassumiu a vice-liderança – atrás apenas do São Paulo, que venceu o Bragantino no sábado e tem 32 – e abriu dez de vantagem para o Penapolense, primeiro clube fora do G-8. Como faltam cinco rodadas para o fim da primeira fase, a Macaca tem tudo para avançar de forma antecipada.

Se o time de Campinas festeja as marcas, o Paulista vê o plano de Giba ficar mais difícil com esse tropeço. O Galo da Japi perdeu a sequência de dois jogos sem derrota e se manteve em 11º lugar, com 17 pontos, quatro abaixo do Linense, que ocupa a oitava posição. Dos próximos cinco jogos que fará, apenas dois (São Paulo e Ituano) serão em Jundiaí.

As duas equipes voltam a jogar pelo Paulistão já na quarta-feira, em mais uma semana cheia do Estadual.

Também no Jayme Cintra, o Paulista recebe o líder São Paulo, às 22h, em Jundiaí. Horas antes, às 19h30, a Ponte Preta recebe o Botafogo no Moisés Lucarelli, em Campinas, no duelo dos dois melhores times do interior.

Chuva impede bom espetáculo em Jundiaí

Muito por conta do estado precário do gramado, o primeiro tempo não teve vencedor. Graças à chuva na região de Jundiaí, o campo do Jayme Cintra prejudicou as atuações de Paulista e Ponte Preta. Os times, costumeiramente rápidos nos ataques, tiveram que fugir de suas características, usando mais as bolas aéreas e um ritmo mais lento do que estão acostumados. Tal situação atrapalhou o espetáculo.

A Ponte ainda se adaptou melhor no início. Mesmo sem utilizar a rapidez do trio Cicinho, Chiquinho e Diego Rosa, a equipe visitante criou a melhor oportunidade. Aos 19 minutos, após cruzamento vindo do lado esquerdo, Artur dominou pela direita e fez o cruzamento fechado. A bola não chegou a William, mas acertou o pé da trave de Richard.

Do outro lado, o Paulista demonstrou imensa dificuldade em acertar as jogadas ofensivas. Posicionado na ponta esquerda, Cassiano Bodini teimou em carregar a bola até a área em todas as jogadas – apenas uma, que acabou com um chutão de Wescley para longe, funcionou parcialmente. Na outra lateral, Renato Ribeiro fez malabarismos para levar perigo ao gol de Edson Bastos. Nem assim foi possível.

No fim, as poças d’água foram responsáveis por alguns lances de emoção. Como no ataque do Paulista, em que Ferron escorregou e quase deixou Marcelo Macedo em ótimas condições de abrir o placar – o defensor se recuperou na sequência. Se quase ajudou o Galo, o gramado atrapalhou a Macaca. Após cruzamento de Artur, William se jogou e finalizou de carrinho. A bola, bem mais rápida pela umidade da grama, passou à esquerda da meta de Richard.

Pelo alto, artilheiro garante invencibilidade

Apesar da trégua da chuva, o gramado seguiu como empecilho dos dois times. No segundo tempo, atrapalhou mais a Ponte Preta. Nem a entrada de Alemão na vaga de Diego Rosa melhorou. O Paulista, por sua vez, quase abriu o placar com Marcelo Macedo. Após espirrada da zaga, o atacante desviou de cabeça. Edson Bastos escorregou na lama dentro da pequena área e só torceu para que a bola saísse, como de fato aconteceu. A Macaca tentou a resposta com Cicinho, mas o camisa 7 isolou o chute.

Sem condição de criar nada por baixo, os times apostaram tudo na bola alta. Nisso, a Ponte foi superior, só pelo fato de ter William no comando do ataque. Após cobrança de falta fechada de Chiquinho, o camisa 9 se livrou do marcador, venceu a disputa com Richard no ar e desviou de cabeça para abrir o marcador em Jundiaí. Foi o oitavo gol de William, artilheiro isolado do Paulistão.

O gol do adversário fez Giba mudar o Paulista, com as entradas de Flávio Paulino e Hudson, nas vagas de Cassiano Bodini e Thales. Renovado fisicamente, o Galo partiu para o ataque para pelo menos arrancar um empate em casa. As chances, porém, foram criadas por quem já estava em campo, como Marcelo Macedo, que finalizou perto do travessão aos 29. Apoiada nos contra-ataques, a Ponte levou perigo com Alemão, mas o camisa 18 parou nas pernas de Richard.

A pressão do Paulista ficou cada vez maior no fim da partida. Com Hudson "voando" pela direita, o Galo até criou uma excelente oportunidade de deixar o placar igual. O lateral passou por Renan e rolou para o meio da área. Livre, Alfredo enfiou o pé direito na bola e bateu no contrapé de Edson Bastos. A redonda, caprichosamente, saiu raspando a trave esquerda. Minutos depois, o camisa 18 ainda acertou um ótimo cabeceio no mesmo canto e com o mesmo destino. Provas de que a noite não era mesmo dos donos da casa.



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