O candidato a governador pelo PSTU, Antônio Radical, é o entrevistado da #SabatinaWSCOM, na tarde desta terça-feira (23). No primeiro bloco do programa, ele falou sobre os objetivos da sua candidatura e lamentou o “caos” identificado nas áreas de saúde e educação na Paraíba.
“Participamos das eleições para transmitir a mensagem e os ideais do nosso partido, melhorando a qualidade de vida dos trabalhadores da Paraíba e do Brasil. Mas não é o PSTU ou nenhuma corrente política que vai mudar isso tudo, é o processo de conscientização da nossa população, uma mudança de postura”, disse.
Na sequência, o candidato falou sobre a dívida pública do Estado. Ele disse que a atual gestão estadual já destinou, só este ano, R$ 400 milhões para o pagamento de juros, encargos e amortização. “É um montante de dinheiro que deveria ser investido em saúde e na educação das pessoas, mas é destinado a meia-dúzia de banqueiros e, no caso específico da Paraíba, a detentores de grande poder econômico que administram esse Estado junto com os governantes de plantão, há décadas”, afirmou.
Questionado sobre a saúde pública do Estado, Radical afirmou que os paraibanos convivem com “um verdadeiro caos”. “Só agora o atual governador vem prometendo um tomógrafo computadorizado para o município de Patos, com a meta de atender a população do Auto Sertão paraibano”, disse Radical.
O candidato também prometeu cancelar o contrato com a Cruz Vermelha para gerir o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, localizado em João Pessoa. “O Estado destinou mais de R$ 100 milhões a esta instituição só no ano passado. O Estado tem condições para gerenciar o Trauma perfeitamente”, disse.
Sobre a quantidade de leitos criados no Estado, um dos pontos mais discutidos na atual eleição, Antônio Radical lamentou a postura do atual chefe do Poder Executivo, “que tenta desqualificar dados do Ministério da Saúde”.
Valorização do Servidor
Sobre a política de valorização do servidor e do serviço público, Antônio Radical prometeu retornar com o horário corrido de oito horas diárias em todas as repartições estatais do Estado. “É uma iniciativa que otimiza a máquina, que gera mais emprego e renda e que beneficia a população, que dispõe dos serviços do Governo do Estado durante todo o dia”, comentou.
O candidato ainda informou que abomina o ingresso de servidores comissionados e que defende a entrada no serviço público, exclusivamente, por meio do concurso público.
Granja Santana
Sobre a Granja Santana, cujos gastos excessivos foram alvo de Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público da Paraíba, Antônio Radical disse que ainda não sabe o que fazer com o local, mas garantiu que não vai morar na residência oficial.
O candidato assegurou também que, se eleito for, não viverá do salário de governador do Estado. “De forma alguma, receberei o salário e utilizarei esses recursos para contribuir com os ideais do nosso partido. Continuarei vivendo do salário de professor”, assegurou.
Educação
Ao ser sabatinado sobre o tema educação, Antônio Radical lamentou o fechamento de, segundo ele, 311 escolas estaduais na atual gestão do Governo do Estado. “É um absurdo o que ocorre na Paraíba e o que o atual governante chama de ‘reordenamento’. O governador disse que está tudo bem, mas, na verdade não paga o piso salarial dos professores, paga uma bolsa de desempenho sem condições. Então esse é o quadro da nossa educação”, afirmou.
Compra de helicóptero
Sobre a denúncia de superfaturamento na compra de helicóptero para as forças de segurança pública, por parte do Governo do Estado, o candidato defendeu a apuração rigorosa sobre a acusação. Segundo ele, entre as propostas do PSTU para a área, estão a desmilitarização da Polícia Militar, unificação das polícias e a aquisição de direitos mínimos para a tropa.
“Tem que apurar se a compra foi superfaturada e, se comprovada, que os responsáveis punidos. Não está em xeque se a compra era necessária, afinal, a segurança pública do Estado necessita bem mais do que uma compra de um helicóptero. A violência crescente da Paraíba precisa de mais investimentos urgentes”, asseverou.

