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Polícia faz buscas na casa de músicos que tocaram na boate Kiss


06/02/2013

 A Polícia Civil de Santa Maria cumpre na manhã desta quarta-feira (6) cinco mandados de busca e apreensão sobre a investigação do incêndio na boate Kiss, que matou 238 pessoas no município. Segundo a polícia, uma das ações foi a procura de vídeos de shows da banda Gurizada Fandangueira, que tocava no momento do incêndio, na casa de um dos músicos.

“Estamos cumprindo vários mandados de busca relacionados ao caso”, disse ao G1 o delegado Marcos Vianna. Segundo a polícia, foram encontradas fotos dos integrantes da banda manuseando fogos. Dois integrantes da Gurizada Fandangueira seguem presos, o vocalista Marcelo dos Santos e o produtor Luciano Augusto Bonilha Leão.

Nesta quarta-feira (6), a Justiça negou o pedido de relaxamento de prisão de Bonilha Leão e dos dois proprietários da boate, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann. Elissandro, conhecido como Kiko, estava internado em Cruz Alta sob custódia e foi encaminhado ao presídio de Santa Maria na noite de terça (5).

A Polícia Civil não tem data prevista para interrogar novamente o empresário Elisandro Spohr, o Kiko, um dos sócios da boate Kiss. A garantia é do delegado regional de Santa Maria, Marcelo Arigony. “Não temos data para ouvir o Kiko. Ele vai ser ouvido quando for necessário”, declarou o delegado no final da manhã desta quarta, ao deixar a 1ª Delegacia de Polícia de Santa Maria.

Entenda

O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, deixou 238 mortos na madrugada do último domingo (27). O fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que fez uso de artefatos pirotécnicos no palco. De acordo com relatos de sobreviventes e testemunhas, e das informações divulgadas até o momento por investigadores:

– O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso.
– Era comum a utilização de fogos pelo grupo.
– A banda comprou um sinalizador proibido.
– O extintor de incêndio não funcionou.
– Havia mais público do que a capacidade.
– A boate tinha apenas um acesso para a rua.
– O alvará fornecido pelos Bombeiros estava vencido.
– Mais de 180 corpos foram retirados dos banheiros.
– 90% das vítimas fatais tiveram asfixia mecânica.
– Equipamentos de gravação estavam no conserto.



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