Saúde

PMCG rebate Waldson e diz que Samu conduz apenas 27% dos pacientes para o Traum

Encaminhamentos


11/08/2014



A Coordenação de Comunicação da Prefeitura Municipal de Campina Grande (Codecom-PMCG) encaminhou release rebatendo declaração do secretário de Estado da Saúde, Waldson Souza. De acordo com o texto, ao contrário do que informou gestor da SES, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Regional Campina Grande encaminha para o Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em média, apenas 27% dos pacientes atendidos pelas equipes do serviço.

Em reportagem do Fantástico (TV Globo), veiculada na noite deste domingo, 10, sobre a retenção de macas das ambulâncias do Samu pelo Trauma, o gestor tentou justificar o problema, acusando o serviço de encaminhar casos sem caráter de urgência para o hospital do estado, provocando a superlotação dos leitos daquele estabelecimento de saúde.

A coordenação do Samu esclareceu que a fala do secretário estadual de saúde não condiz com os números do setor de estatística do serviço. De acordo com o levantamento, 45% dos atendimentos do Samu são resolvidos pelas equipes de socorristas no próprio local da ocorrência, 15% acabam sendo encaminhados para a Unidade de Pronto Atendimento – UPA, 27% para o Trauma e os demais 13% para outros serviços de saúde da cidade.

Segundo a secretária de saúde de Campina Grande, Lúcia Derks, todas as ocorrências do Samu são reguladas pelos médicos plantonistas do serviço. “É um equívoco do secretário, até porque os profissionais que atuam no Samu possuem qualificação para regular as ocorrências, encaminhando para o Trauma apenas os casos que realmente devem ser levados para o hospital”, garantiu.

A secretária municipal de saúde ainda lamentou que o Governo do Estado tente atribuir ao Samu a responsabilidade pela deficiência de leitos do Hospital de Trauma. “É lamentável que um gestor não saiba reconhecer as deficiências dos serviços públicos que administra para tentar superá-las. O Samu possui macas suficientes para realizar as ocorrências com equipamentos reservas, inclusive, basta que o Trauma libere as macas em tempo hábil para que não haja descontinuidade do serviço”, ressaltou.

Lúcia Derks destacou ainda que a Prefeitura vem adotando medidas que visam contribuir para diminuir a superlotação no Hospital de Emergência, como a destinação de 80 leitos de clínica em ortopedia, 12 leitos de UTI e sala de cirurgia no Hospital Municipal Pedro I para os pacientes egressos do Trauma. “Além disso, contratamos cirurgiões bucomaxilo para a UPA, que realizam cirurgias mais complexas e delicadas na boca, ossos da face e tecidos da cavidade oral. Estes profissionais têm atendido principalmente as vítimas de acidentes de motocicleta, contribuindo para desafogar o Trauma”, afirmou.

Incoerência – Em nota divulgada hoje pela Secretaria de Comunicação sobre a retenção das macas do Samu, o Governo do Estado tenta desviar o foco do problema, afirmando que a Prefeitura de Campina Grande não estaria repassando recursos do SUS para o Hospital de Trauma. “É mais uma inverdade do gestor estadual, que tenta confundir a opinião pública, no lugar de buscar resolver o problema da falta de macas no Trauma, que é de sua responsabilidade”, concluiu a secretária Lúcia Derks.



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