Saúde

Pfizer recomenda ao MPF-PB o monitoramento das crianças que receberam vacina de adulto em Lucena

A recomendação foi feita pela Pfizer, fabricante das vacinas contra covid-19 aplicadas equivocadamente em Lucena, na região metropolitana de João Pessoa.


19/01/2022

Foto: © REUTERS/Dado Ruvic/Direitos Reservados

WSCOM com Agência Brasil



As 49 crianças que receberam imunizante de adulto no lugar do infantil devem ter o sinais vitais monitorados e receber tratamento sintomático, se necessário. A recomendação foi feita pela Pfizer, fabricante das vacinas contra covid-19 aplicadas equivocadamente em Lucena, na região metropolitana de João Pessoa.

A recomendação da fabricante foi feita por meio de nota que foi publicada no portal do Ministério Público Federal da Paraíba (MPF-PB), que investiga a aplicação equivocada das vacinas no público infantil.

“Pacientes que apresentem qualquer quadro de potencial evento adverso devem manter acompanhamento médico ou com serviço de saúde de referência e seguir as condutas clínicas instituídas e orientadas por tais responsáveis”, diz a nota da farmacêutica.

A fabricante também frisou que sua vacina pediátrica possui formulação diferente da destinada ao público adolescente e adulto, e que por isso o frasco das doses infantis possui tampa e rótulo na cor laranja, como forma de facilitar a diferenciação com os frascos com doses para adolescentes e adultos, cuja tampa e rótulo são roxos.

Investigações

Ontem (18), o Ministério Público Federal esteve no local em que as vacinas para adultos foram aplicadas em crianças equivocadamente. O órgão constatou que das 49 crianças afetadas, 36 receberam doses vencidas do imunizante da Pfizer. A técnica de enfermagem que fez as aplicações foi interrogada pelos procuradores.

Apontada como responsável pela aplicação de vacinas contra a covid-19 para adultos em mais de 40 crianças, em Lucena, na Paraíba, a técnica de enfermagem disse em depoimento ao MPF que foi orientada a vacinar todas as pessoas que se apresentassem, “pois a validade das vacinas da Pfizer estava para vencer”. No depoimento, a profissional, que foi afastada da função após o caso, e disse ter recebido ordem do setor de Imunização da Secretaria de Saúde do município.



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