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Perillo disputará presidência do PSDB com Tasso
APÓS CONFUSÃO
01/11/2017
A crise interna entre os parlamentares do PSDB, divididos entre os que apoiam o senador Aécio Neves (MG) e os que apoiam Tasso Jereissati (CE) — pode ganhar um novo capítulo nesta quarta-feira durante a reunião entre o governador Marconi Perillo (GO), candidato declarado à sucessão do senador mineiro, e lideranças tucanas. No encontro, que será realizado na capital federal, serão discutidas estratégias para a disputa da convenção em dezembro, sem acirrar ainda mais o racha na legenda.
Na tarde de hoje, quando deve se encontrar com Tasso e o senador José Serra (SP), Perillo vai defender a unidade do partido. De acordo com interlocutores, não há da parte do governador de Goiás intenção alguma de enfrentamento. Pelo contrário, a prioridade é a formulação do programa presidencial e a construção de uma unidade para definição do candidato ideal para 2018.
Depois da votação da denúncia contra o presidente Michel Temer, em que o grupo pró-Tasso foi maioria ( 23 a 20 a favor da investigação do presidente), houve uma radicalização entre os dois lados. Sob pressão dos governistas que desejam sua saída, Tasso pode dar mais gás à ala dos independentes por um desembarque do governo Temer, caso confirme sua candidatura. Marconi nega que seja o candidato do grupo do senador Aécio Neves ou dos governistas.
— Não sou candidato de grupo A ou B. Sou candidato a presidente do partido para buscar a unidade e dar protagonismo ao candidato do partido a presidente da República em 2018.
CLIMA TENSO
O clima é cada dia mais tenso no PSDB. Ontem houve bate-boca e gritaria durante reunião de Tasso com a bancada de deputados do partido. O encontro foi marcado para que o publicitário Moriael Paiva, da empresa Ideia Big Data, fizesse uma exposição sobre o plano de reestruturação de comunicação da sigla nas redes sociais. A contratação do publicitário não agrada ao grupo opositor.
A gota d’água aconteceu quando Tasso foi confrontado pelo deputado Giusepe Vechi (PSDB-GO), que perguntou se ele estava aproveitando para lançar esse plano estratégico de comunicação a 40 dias da convenção e se candidatar a presidente do partido.
— Esse assunto não está na pauta, não tenho que responder sobre isso agora. Não vim aqui para isso — respondeu Tasso.
A partir desse momento, uma confusão tomou conta da reunião, que descambou para a gritaria. Depois do encontro, Tasso reafirmou que manterá a contratação do publicitário, que ele diz ter conhecido como assistente do ex-ministro Sérgio Motta e que trabalhou nas campanhas do PT para a Presidência e o governo de Minas Gerais em 2014, derrotando as candidaturas de Aécio e Pimenta da Veiga, respectivamente.
— Foi uma reação delirante de Minas e Goiás. Não entendi, uma coisa atabalhoada. Esse PSDB desses caras não é o meu PSDB. Mas, enquanto eu for presidente interino, vou continuar até o fim com o projeto de reestruturar o PSDB — afirmou Tasso.
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