Paraíba

Paraíba está fora do programa que estimula o uso da energia solar

Energia solar


13/05/2013

 A medida da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para estimular a geração doméstica de energia solar não conta com nenhuma adesão do Estado da Paraíba.
Sabedor do potencial energético do Brasil, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) não concebe que o estado mais ensolarado no Brasil esteja fora do projeto.

O parlamentar pretende mudar essa realidade conscientizando a população de que a medida aprovada reduz barreiras para essa produção de energia, dando desconto na conta de luz, caso haja produção excedente.

Segundo a distribuidora de energia na Paraíba a Energisa, nenhum consumidor paraibano solicitou ligação ao sistema da concessionária de energia do estado para aproveitar o abatimento. Vital se baseia no levantamento do professor e pesquisador do grupo de Fontes Alternativas de Energia (FAE) do Departamento de Energia Nuclear da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Chigueru Tiba, onde é revelado que o noroeste da Paraíba é um dos melhores lugares do Brasil em relação à incidência dos raios solares, para buscar os conscientizar esses consumidores aderirem ao programa da Aneel. “Cidades como Sousa e Patos têm uma radiação média anual de 20 MJ/m². Em um mês como dezembro, por exemplo, quando tem muito sol, a Paraíba tem uma incidência de 24 MJ/m² ou 26 MJ/m²”, comenta Vital. Megajoule (MJ) é uma unidade de medida de energia, também usada para aferir a incidência de radiação solar.

Com as novas regras da resolução da Aneel, quem tiver microgeração, com até 100 KW de potência, ou minigeração, de 100 KW a 1 MW, vai poder trocar energia com a distribuidora local por meio do Sistema de Compensação de Energia e ter descontos na conta de luz, caso haja produção excedente de energia.

O professor Zaqueu Ernesto da Silva, diretor do Centro de Energias Alternativas e Renováveis da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), explica que a região da Paraíba tem entre cinco horas e meia e seis horas e meia de horas úteis de luz solar por dia. De acordo com ele, dá para gerar entre 800 e 1.000w de energia por metro quadrado com essa incidência solar. “A região do semiárido paraibano é muito indicada para a geração de energia solar”, diz.

Recentemente Vital concordou com a tese defendida pela doutora em direito ambiental, Ruth Pessoa Gondim que apresentou a energia solar fotovoltaica, como uma alternativa viável para o país especialmente no Nordeste e que não agride o meio ambiente.

Segundo Vital, a energia solar fotovoltaica, ainda pouco explorada no país, vem conquistando aos poucos o Nordeste por ser uma tecnologia que converte a luz solar diretamente em energia elétrica, podendo substituir o sistema convencional inteiramente e, assim, reduzir os gastos dos paraibanos.

Fabrica na Paraíba

Como membro das Comissões de Assuntos Econômicos (CAE), Serviços de Infraestrutura e da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) Vital afirma que uma fábrica de painéis fotovoltáicos vai se instalar na Paraíba no segundo semestre de 2013. A Brasil Solair irá produzir, inicialmente, painéis solares e, para um segundo momento, está nos planos a fabricação de inversores. Posteriormente, está prevista uma expansão para incluir a fabricação das células fotovoltaicas que compõem os painéis, segundo informações da assessoria da empresa. A fábrica terá a capacidade para produzir cerca de 172.000 painéis por ano, cerca de 30MW/ano.

Oferta de crédito – O parlamentar peemedebista esclarece aos consumidores habituais da energia elétrica, que já existem linhas de crédito para estimular o consumo desse tipo de energia renovável, junto a Caixa Econômica Federal com taxas menores do que se costuma pagar no sistema tradicional utilizado pela maioria da população.



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