Paraíba

OPINIÃO: ‘UFPB em primeiro lugar!’, por Francisco Ramalho

Francisco Ramalho comenta sobre eleições na pró-retoria da Universidade Federal da Paraíba


02/08/2020

Portal WSCOM

UFPB EM PRIMEIRO LUGAR
Por Francisco Ramalho de Albuquerque

Do ventre da universidade, que sempre nos deu régua e compasso, nasce um movimento que abriga muitos rios. De todas as áreas. Do bem. Do conhecimento. Da ciência e tecnologia. Da arte e da cultura. Da inovação. De todas as tribos. De todos os gêneros e de todos os credos. Em favor da UFPB, professores, técnico-administrativos e estudantes se unem pela UFPB EM PRIMEIRO LUGAR!

E é da junção dessas forças – de muitos rios num só -, que a generosidade transborda e abraça a diversidade e a inclusão em defesa da UFPB. Nesse percurso, cantamos a autoestima em tom maior.

Assim, o vigor da união dos rios molha uma terra fértil, cuidada por nós com extremo carinho. Apesar das intempéries, a UFPB sempre será maior do que as dificuldades e desafios impostos. A marca da excelência do nosso trabalho garante essa capacidade de superação, fazendo-nos reconhecidos.

Então, nesse campo, um forte tecido surge, entrelaçado pelo amálgama da unidade e coesão. Em defesa da Universidade, nasce o movimento UFPB EM PRIMEIRO LUGAR.

Pela prática exercida há anos, um lastro programático e conceitual guia nosso caminhar. Em torno de valores universais. Que defende o ensino público e gratuito. De qualidade elevada. Comprometido socialmente. Que reafirma o dever do estado de financiar a educação. Que coloca como inegociável a indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão. Que não abre mão da liberdade de cátedra.

As universidades públicas produzem quase todo conhecimento científico do Brasil. Os seus serviços gratuitos beneficiam toda sociedade brasileira. O que nelas é gerado reduz as desigualdades sociais e regionais. Valoriza o trabalho humano. Proporciona uma existência digna. Promove a igualdade entre homens e mulheres. Dá cidadania e dignidade à pessoa humana. Sem o conhecimento não se garante a soberania do nosso pais.

Assim, dentre outros objetivos e princípios, tudo isto nos une. Inclusive, a meta de projetar a universidade para o futuro, dando seguimento ao que vimos realizando, com protagonismo internacional e com o compromisso de que os frutos do nosso trabalho devem chegar até o povo.

Esse movimento, amplo, aberto, harmoniza e concentra forças aparentemente dispersas pela heterogeneidade de estilos, preferências, gostos e concepções. É que há um elo comum entre nós – o compromisso com a educação, com a democracia e com a UFPB.

Há uma condução firme nessa complexa travessia, exercida coletivamente, que estabelece um ambiente equilibrado, propício ao desenvolvimento das nossas atividades acadêmico-científicas e administrativas. Nesse trajeto, com habilidade, esse norte agrega e faz brotar a alegria, imprescindível para que o ser humano se sinta inteiro, pleno e feliz. Quem vive zangado não vive.

Há identidade, pertencimento e orgulho, ao promovermos o acesso e a inclusão de jovens pobres, pardos, negros e indígenas no cotidiano universitário. É esse estado de espírito que tem mantido a Universidade viva, inclusiva, democrática, gratuita e socialmente comprometida! A depender de nós, o pessimismo e o mau humor não vão matar a criatividade e a esperança.

Na sucessão para Reitoria será construído um Plano de Gestão à altura dos anseios da comunidade universitária. O debate será no campo das ideias. De alto nível. Limpo. Propositivo. Conceitual. A pequenez e o ressentimento não combinam com a academia. A inteligência universitária sabe quais são os interesses maiores da coletividade. Distingue, com facilidade, o joio do trigo.

No cumprimento dessa missão, imponente, a força desse conjunto desliza para o mar. Mansamente.
Então, haverá o encontro benfazejo das águas. O mel, da doce água dos rios, e o sal, da água viva do mar, irão impregnar, com um cheiro bom, um universo multicor, onde se destaca o Azul.

Só a sensibilidade nos torna capazes de perceber que devemos valorizar a solidariedade e construir espaços de delicadeza, num mundo tão fragmentado. É preciso juntar as pessoas pelo bem comum.

Só a sabedoria e a generosidade do encontro dos rios com o mar conseguem lavar as nossas almas de esperança.
Sim, a esperança bendita, infinita, de que o amanhã nascerá Azul da cor do mar e da alegria!



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