Paraíba

OPINIÃO: Em dias de ataques pesados contra a imprensa, Walter Santos relembra o “papel de vanguarda” e a força institucional da API há quase três décadas


28/05/2020

Posse de Walter Santos na presidência da API, em 1991

Portal WSCOM



O jornalista Walter Santos, analista político e econômico do Portal WSCOM e Revista NORDESTE relembrou, nesta quinta-feira (28), uma época distante, porém, de muito orgulho para os profissionais de imprensa da Paraíba. Um tempo em que a Associação Paraibana de Imprensa (API) exercia um “papel de vanguarda” na sociedade, e tinha prestígio perante as principais autoridades políticas do Estado.

No artigo, Walter Santos cita sua posse à frente da presidência da API, no ano de 1991, com presenças ilustres, a exemplo do então governador do Estado, Ronaldo Cunha Lima, que presidiu os trabalhos; do presidente do Congresso Nacional, o senador Humberto Lucena; do senador Antonio Mariz, relator do impeachment do ex-presidente Fernando Collor; do prefeito de João Pessoa, Carlos Mangueira; do ex-governador Tarcísio Burity; do reitor da UFPB, Antonio de Sousa Sobrinho, entre outras autoridades.

“Esta foi a API de lutas que, na conjuntura e atualidade se esvai sem saber para onde ir, senão comprometida com a omissão e o atraso. É duro, mas as novas gerações de profissionais de comunicação sequer sabem a luta que muitos travaram no passado para ser o que já não somos. Ou reage ou morre”, pondera Walter.

Leia o artigo, na íntegra:

O significado da API na conjuntura diante de fatos e cenas fundamentais; ainda hoje lembro como nossa gestão IMPACTOU

Nesta quinta- feira (28), final de maio de 2020, em pleno tempo de tensão com acenos ultraconservadores de setores retrógrados a defender Golpe Militar e Cia, fomos tocados por menção do jovem e líder jornalista Ângelo Medeiros, do Portal WSCOM, também advogado, sobre o significado da API – Associação Paraibana de Imprensa – na conjuntura do passado recente e atual.

Pense numa reflexão dura entre avanços e retrocessos no decorrer dos tempos, poucos até.

A menção do atento Ângelo Medeiros se deu ao constatar que em nossa posse na presidência da API, em 1991, por dois mandatos, lá estavam o governador do Estado, Ronaldo Cunha Lima, o presidente do Congresso Nacional, senador Humberto Lucena, o relator do impeachment de Collor, senador Antonio Mariz, o prefeito de João Pessoa, Carlos Mangueira, o ex-governador Tarcísio Burity, o reitor da UFPB, Antonio de Sousa Sobrinho, etc.

PAPEL DE VANGUARDA

Discurso de posse na presidência da API

Nesta fase da vida político-cultural da API, aprendi a respeitar e avançar com os exemplos das gestões de Adalberto Barreto, Gonzaga Rodrigues, Biu Ramos, Nonato Guedes, Carlos Aranha, Agnaldo Almeida, Nonato Bandeira e Antonio Costa como ex-presidentes, sempre expondo a entidade como vanguarda de debates e resistência.

Foi com essa gente amiga e adorada que soube dar grandes saltos na API trazendo a João Pessoa, pela primeira vez, nomes como Carlos Castelo Branco, nosso Nonato Guedes nacional, Carlos Chagas, Luiz Antônio Villas-Bôas Corrêa, entre tantos outros, e promover a Associação como vanguarda de lutas convergindo até no abrigo do impeachment de Collor e na criação da Associação Folia de Rua na entidade.

Na  nossa gestão, conseguimos com o presidente da Fundação Banco do Brasil, Lafaiete Coutinho, através do deputado federal Francisco Evangelista, implantar o mais completo serviço médico-odontológico da API (clínica geral, pediatria, ginecologia – obstetrícia e odontologia) no térreo da entidade até sofrendo ameaças de morte do arrendatário do bar então existente.

POR ONDE ANDA TUDO ISTO?

Recebendo os cumprimentos do então senador Antonio Mariz

Esta foi a API de lutas que, na conjuntura e atualidade se esvai sem saber para onde ir, senão comprometida com a omissão e o atraso.

É duro, mas as novas gerações de profissionais de comunicação sequer sabem a luta que muitos travaram no passado para ser o que já não somos.

Ou reage ou morre.

A DEFESA DA LIBERDADE E DO EMPREGO

Em pleno Século XXI é muito preocupante conviver com a invasão desmedida dos espaços por muita gente despreparada do jornalismo sadio e agora impondo condições de sobrevivência tomada de chantagens.

Ruim e doloroso é atestar que a API não fez nem faz nada nestes últimos tempos para mobilizar mercado e academia visando construir soluções.

A barra anda muito ruim.

 



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