{arquivo}Todo mundo que entende mais ou menos de política está estarrecido com essa possibilidade concreta de enfrentamento do governador Ricardo Coutinho e seu ex-amigos ex-assessor Nonato Bandeira – diga-se de passagem, eleito vice-prefeito de João Pessoa, cargo que o líder do PSB recusou a consolidar. Tivesse feito isso com Nonato e Luciano Agra, a historia política seria outra totalmente diferente.
Ricardo Coutinho, estratégico, de resultados e vencedor, desde quando ascendeu aos governos resolveu desfazer caminhos, relações e projetos que, dois anos depois de sua posse no Governo, provam que ele mesmo bem intencionado com o controle fiscal esteve abaixo da critica nas relações e na forma de conduzir os diálogos, hoje impossível de haver com muitos setores.
Mas, teorias à parte, Ricardo Coutinho tomou uma decisão arriscada e provocadora ao estimular que seus assessores da área de comunicação reproduzissem o que se fez, ou seja, criticas duras a Nonato Bandeira gerando como conseqüência perigos e crises em tamanho que ele jamais imaginaria enfrentar. Por que? Porque Nonato Bandeira conheçe-o nu, por inteiro, e pode ser seu maior desqualificador, o personagem de desmanchar o que construiu com ele próprio.
Como é vaidoso em excesso, beirando a soberba bem de perto, Sua Excelencia certamente que vai querer enfrentar o marido de doutora Célia mas, se assim o fizer, vai precisar admitir que, pela primeira vez, alguém pode lhe peitar pelo pescoço e isto é ruim para muitos, mais ainda para o governador.
Esticando a corda, RC passa a gerar na intimidade de sua vida a revelação do que o mundo não sabe a partir do personagem Nonato Bandeira, condutor das táticas para leva-lo ao que é, entretanto agora disposto a tirar-lhe a máscara, não a do carnaval.
Tudo vai depender de Sua Excelencia.
