CAMPINA GRANDE – São cenários diferentes, um no campo administrativo e outro na esfera partidária mas em ambos os casos na atualidade envolvendo Governo do Estado e PMDB há um componente em comum: a crise política movida por pouco diálogo.
A situação do Governo é mais latente, mesmo com esforço desmedido da Secretária de Finanças,Aracilba Rocha, de querer desqualificar o movimento do Fisco mas, tirando o papel representativo que ela representa, quando a razão baixar haverá de reconhecer que a crise com o segmento de arrecadação tributaria do Estado é fruto de descompromissos e falta de diálogo coerente.
Desta feita, como não acontecia em outros movimentos mais robustos, inclusive o dos Professores, o Fisco gerou precaução e estrutura para rivalizar o debate com o Governo, especialmente na Mídia que custa caro e, geralmente, a parte mais fraca – os servidores – perdem nesta queda-de-braço.
Mas o Fisco se preparou. Primeiro avisou dos prazos, renovou o interesse em encontrar consenso, mas o governo fez ouvido de mercador, deu pouca atenção merecida pelo movimento construído pelo Fisco, resultado, agora está sem saber sair da encruzilhada porque 100% da categoria aderiu à greve, inclusive seus dois auxiliares de Governo (Secretário e Adjunto).
Ora, se isto é verdadeiro, se há constatado isolamento entre a categoria e o Governo só resta a retomada do dialogo porque qualquer outra medida será paliativa e insuficiente. Além do mais a categoria já tem dados concretos provando que o Governo tem recursos em caixa para resolver a questão, se quiser.
Na prática, o Governo precisa reconhecer o que as administrações anteriores a ele (Maranhão e Cássio) assumiram e cumpriram, que é a aplicação de Subsidio salarial acordado em longa negociação.
No mais, é manter-se numa radicalidade contra-producente e já sem atrair apoio da sociedade – esta bem informada se posiciona em prol de quem tem direito a receber.
A outra crise, a do PMDB
O ex-governador José Maranhão pode até não estar dimensionando mas vive um sério problema conjuntural interno no PMDB feito fogo de monturo, como jamais havia enfrentado durante todo o tempo desde que Humberto Lucena e Antonio Mariz morreram e Ronaldo Cunha Lima e Cícero Lucena foram para o PSDB.
A postura do deputado estadual Gervásio Filho de encará-lo e se dispor a enfrentá-lo em disputa interna, mesmo admitindo desvantagem conjuntural, é algo que precisa ser dimensionado muito além do controle da chave e dos estatutos do partido.
O problema é que Gervásio não fala sozinho. São diversos e em crescendo os pemedebistas de mandato e reconhecimento a não querer aceitar as normas ditadas de cima para baixo.
A exceção do deputado federal Benjamim Maranhão – também na condição de sobrinho, nenhum dos parlamentares falam de desconforto publicamente mas, na prática, mesmo não querendo brigar com o ex-governador, não aceitam mais ser comandados por Antonio de Souza ou Benjamim nas instancias estadual e de João Pessoa porque consideram ter mais méritos do que os indicados.
Trocando em miúdos, ou o ex-governador recompõe a estrutura partidária e começa a ceder,enquanto transição de Poder, que começou a se estabelecer ou pode amargar muitos dissabores de agora em diante.
É séria, muito séria a tendência de insubordinação que pode atingi-lo no projeto de candidatura a prefeito de João Pessoa.
Maranhão já não é mais absoluto, embora ainda seja majoritário.
UMAS & OUTRAS
…Enquanto a turbulência se registra, o ex-governador resolve viajar para sua fazenda em Tocantins.
…O governador Ricardo Coutinho perdeu uma excelente oportunidade de ter o apoio do prefeito de São Bento, Galego, na direção do futuro. Até se encontrou com o líder da cidade das redes, só que tratou mal e desse jeito não tem quem recue.
…O advogado Cláudio Araujo dá demonstração de ascensão junto a nomes de peso no Direito, a exemplo do também advogado Antonio Campos, de Recife.
…A professora universitária, presidente do Parque Tecnológico e Secretária de Tecnologia Francilene Garcia será a partir de janeiro próximo a nova dirigente máxima das entidades representativas ( parques tecnológicos) do Brasil. Afra Soares diria logo: poderosa!
…A virose derrubou a reitora da UEPB, Marlene Alves. Está no estaleiro.
…O médico Wamberto Costa aprecia o clima montanhoso do Bananal, em Campina Grande.
…João Pinto também.
…A jornalista e professora universitária Joana Belarmino passa a ser a partir desta sexta-feira o nome em evidencia da Imprensa para simbolizar a versão 2011 do Premio AETC com direito a café-da-manha na Academia de Letras. Chacrinha diria na bucha: ele merece.
…Os Lucena estão em ascendência nos negócios na região de Goiana.
…A propósito, a GM se prepara para nova planta por lá.
…Enquanto isso…
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“Só o amor constrói…”
