Pode ser que no calor da disputa municipal deste ano alguns procedimentos em curso na atual fase do processo se modifiquem mas, a dados de agora, não é absurdo admitir que pela primeira vez a base política do Grupo Cunha Lima não terá o Carregador de Piano fazendo todas as ações prévias e durante a campanha em favor de seus candidatos.
Refiro-me, objetivamente, ao governador Cássio Cunha Lima visivelmente cansado de enfrentar intempéries e adversidades, muitas sem merecer da forma recebida, com sinais claros de que apoiará abertamente seus aliados em todo o Estado, mas sem o faz tudo de antes.
Arrisco-me a projetar como exemplo o próprio caso de Campina Grande, seu principal reduto político, hoje com candidato a merecer seu apoio integral, no caso Rômulo Gouveia.
Se isso for pouco para compreensão prevejo até que o novo manequim de Cássio, incluindo Campina, traduz uma nova postura para permitir e forçar que cada candidato construa sua própria estrutura, não mais esperando que ele (Cássio) – por conta própria, faça o papel de candidato.
Volto a repetir: mesmo que no calor da peleja, lá depois de setembro, haja uma participação mais efetiva de Cássio como líder político nas disputas de seu grupo, isso não implicará mais em fazer tudo de véspera como já fez em diversas eleições, inclusive na ultima em CG.
O governador está convencido de que esta é a única forma de construir novas lideranças dispostas a gerar seus conceitos e condições para que o exercício da campanha seja um vestibular visando dar aos candidatos eleitos melhor desempenho na gestão sem ter que ficar esperando por ele ou quem quer que seja.
Pelo que disse antes de viajar para o Rio, esta é a decisão tomada sem abdicar do apoio que vai dar aos candidatos aliados.
De fato, esta é uma posição geradora de novo conceito.
