OAB: o recado das urnas

RECIFE – A vitória da chapa 2 nas eleições da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Paraíba, sábado passado, serve para apontar uma série de questões em torno do resultado e da conjuntura. O principal deles, o fundamental mesmo, é que no exercício soberano da democracia a OAB paraibana sofre influência de novos ventos.

Sejamos mais claros: as novas gerações de advogad(a)os disseram nestas eleições, recém concluídas, que querem mais espaços não só de composição política, mas de interferência mesmo nos destinos da ordem. Faz parte da oxigenação natural dos processos democráticos.

Mas, como me referi na abertura da coluna, há uma série de outras questões a merecer análise e ajustes por parte de quem saiu com a vitória nas urnas, no caso a chapa liderada por José Mario Porto.

Primeiro, leve-se em conta o alto grau de abstenção, isto é, de advogados que não compareceram à votação. Pelos dados expostos, foi elevadíssimo o tamanho dessa ausência o que reflete desinteresse e algum liseu juntos porque é alta também a inadimplência dos operadores do Direito para com sua principal instituição.

Há que ser dito também que a vitória da chapa 2 – veja, que é estranho essa história de Situação perder prazo de registro de chapa para a Oposição! )-, não prescinde de uma constatação: a chapa liderada por Marcos Caju mostrou força, sim, e valorizou a disputa mostrando que a Situação vai precisar trabalhar duro para reparar erros e processos.

Tem mais: Campina Grande e Sousa, sobretudo a terra do lider Leidson Farias, mostraram que a liderança de José Agra já não é mais a mesma, isto é, tem se esvaído posto que a vitória de Marcos Caju nessa importante seccional mostrou isso sem grande dificuldades para constatação.

Em síntese, a eleição de ontem mostrou mais uma vez que a OAB está tinindo de revigorada na sua plenitude de representação interna e para fora – na sociedade paraibana como um todo. De todo, apenas um senão e/ou fato destoante: a insistência de Marcos Caju de não reconhecer a vitória construída nas urnas, de forma espontânea, se faz menor do que grande como foi no processo como um todo.

Não que vá abdicar dos seus intentos, entre os quais apelar na justiça por reparos do que considera pertinente como foi o pedido de impugnação da chapa de situação, mas não reconhecer o resultado democrático das urnas não é o mais indicado.

Futuro desembargador

O resultado na OAB da Paraíba terá efeito imediato nos próximos meses chegando ao Tribunal de Justiça. É que, em breve, o desembargador Rafael Carneiro Arnaud se aposentará abrindo uma vaga a ser indicada pela Ordem.

Para anotar: os nomes mais cotados para compor a lista tríplice são Harrison Targino, Luciano Pires, Jonhson Abrantes, Marcelo Figueiredo, Delosmar Mendonça.

Tem mais, mas informaremos depois.

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