Os depoimentos dos Procuradores da República, Antonio Edilio e Fábio Jorge, no Senado Federal, nesta quarta-feira, não trouxeram nada de novo frente ao processo denominado de Operação Confraria mais conhecido na Paraiba. Repito: não se viu nada de novo rigorosamente falando ou escrevendo.
Mesmo assim, serviram para expor alguns aspectos: 1) os procuradores informaram que até o final do mês o Ministério Público define se abre ou arquiva processos contra os envolvidos, a partir do ex-prefeito Cícero Lucena; 2) os dois disseram ainda que nenhum político nem partido tem nada a ver com a iniciativa dos processos, pois, asseguraram ter tido origem no próprio Ministério Público.
A vazão do comentário dos dois procuradores se deu a partir de provocação feita pelo senador Ney Suassuna sobre se teria havido pressão ou influência política como, desde a deflagração do processo, tem sido repetido por Cícero e aliados. Sequer o conhecia, senador, disseram.
O fato novo e não dos dados, mesmo continuando graves é que pela primeira vez o assunto veio à baila numa cena nacional ( o Senado) podendo ter desdobramentos continuados em face da crise maior entre PT PSDB/PFL.
Expliquemos: não se assustem se o caso levado para a Comissão de Fiscalização sirva pelos partidos governistas, a partir do PT, para levantar imagens e depoimentos que se transformem mais na frente na exposição pública durante a campanha presidencial como mau exemplo dos tucanos e pefelistas.
É este o aspecto que deve estar incomodando muito ao PSDB e PFL porque, por exemplo, 20 novos processos foram entregues pela senadora Ana Júlia responsável pelas investigações de João Pessoa pedindo mais investigações aos Procuradores da República podendo, não se assustem repito na convocação do próprio Cícero na Comissão de Fiscalização do Senado.
O fato é que o incômodo em tamanho máster de Cícero ainda não saiu de pauta nem está tão próximo de sair. É desgaste na certa.
