Campina Grande – Decididamente, o Nordeste é o abrigo principal da campanha do ex-governador paulista, Geraldo Alkmin, nos próximos tempos com objetivo claro de buscar reverter larga vantagem em favor de seu oponente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ontem e hoje, isso ficou evidente nas falas do próprio presidenciável e de seus assessores aliados. Por aqui, entretanto, ecoou forte sua defesa aberta em favor do ex-prefeito Cícero Lucena em meio ainda às denúncias da Operação Confraria.
O ex-governador mostrou-se abertamente convencido da inocência do atual presidente estadual do PSDB ao declarar ao WSCOM Online, que nada foi comprovado e na instância judicial seu companheiro tucano haverá de provar licitude em todos os atos.
Esta situação, em que pese valores fraternos e políticos, é o que se configura como sinuca de bico condição difícil de tratar, porque enquanto não pode abandonar o importante aliado, tal situação o leva ao perigo de, em se complicando o quadro de Cícero, vai respingar exatamente na sua candidatura presidencial os efeitos do imponderável.
Não é demais lembrar, ainda, que o PT nacional prepara o Caso Cícero como case a exibir na campanha como exemplo tucano de administração complicada e tratada como corrupta pelos organismos de investigação da administração federal.
Noutros aspectos da campanha mais Nordeste, Alkmin corre forte para, além da reversão número de preferência eleitoral, tentar corrigir um conceito espalhado fácil de que ele representa os ricos contra os pobres, estes mais próximos de Lula.
Dentro desse principio e estratégia, ele insista em se apresentar com discurso moderno de gestão pública eficiente, agora com um tom regionalista esforçando-se ao máximo para expor um discurso simpático e de linguagem compreensível aos matutos do sertão das urbes nordestinas.
Por tudo isso, o Nordeste é o foco determinante dos tucanos na atual fase, da mesma forma que na Paraíba PSDB e PFL servem de esteios inabaláveis de campanha, entretanto, ainda é cedo para atestar o real efeito dessa estratégia meio no sufoco contra o relógio visando identificar se o partido manterá ou precisará substituir o determinado ex-governador paulista na corrida presidencial.
Com o Bispo
Na agenda de Alkmin, um compromisso teve caráter pessoal e fechado. Foi a conversa que teve com o arcebispo de Campina Grande, dom Jaime Vieira.
O presidenciável chegou acompanhado do governador Cássio e do candidato ao Senado, Cícero Lucena, mas na hora da conversa reservada os dois lideres paraibanos ficaram de fora.
Acessível
Mesmo com uma vasta assessoria em torno de si, Alkmin pessoalmente, é um líder político sem frescuras e de fácil acesso. Não só, ontem, na Micarande como neste domingo, no café da – manhã no Hotel Garden (ex-Hotel Turístico).
A prioridade sempre esteve em animar a tropa aliada, na reprodução de discurso otimista e reformador por parte de sua campanha, mas quando instado para conversa com jornalistas sempre se apresentou solícito.
Domiciano Cabral
Por telefone, logo cedo deste domingo, a assessoria do deputado federal Domiciano Cabral correu para explicar que o parlamentar foi convidado a participar das recepções ao presidenciável Alkmin, tanto que esteve no camarote do Governo.
Mas, hoje de manhã não chegou a se encontrar com o candidato porque precisou ir a um casamento na região de Santa Luzia. O Portal WSCOM Online veiculou informação, entretanto, afirmando que a assessoria do presidenciável vetara a presença do deputado.
– Ele chegou a ir à Campina Grande, mas viajou cedo para um casamento no interior por isso não se encontrou com Alkmin observou o assessor.
De fato, ele não esteve na comitiva do presidenciável neste domingo.
Boicote à Micarande
Quem transita pelos bastidores da Micarande 2006 se surpreende com a constatação de que o maior desafio do prefeito Veneziano Vital para efetivar o evento este ano esteve na tentativa de setores do Comércio de Campina Grande promovendo campanha de boicote ao carnaval fora de época.
Tanto o prefeito quanto assessores mostravam-se durante a Micarande questionando por que a CDL e a Associação Comercial de Campina assumiram postura de implosão do evento.
Para a Prefeitura, as duas entidades representam interesse político ligado ao grupo do governador Cássio, mas sem êxito na tentativa de criar dificuldades à gestão do Cabeludo.
Gilvan Freire com Lula
A comitiva que recepcionou o presidenciável Geraldo Alkmin não registrou a participação do ex-líder do Governo, deputado estadual Gilvan Freire.
O Portal WSCOM Online ligou para o parlamentar, que estava em Patos no sertão paraibano:
– Não estive nem estarei na comitiva porque tenho convicção de que o melhor candidato é Lula com quem votarei nas eleições presidenciais.
Última
Quem me levará sou eu/
Quem regressará sou seu…
