Longe de definições filosóficas, das análises profundas sobre o significado do Natal, bem que o clima propício às reflexões e tolerâncias poderia servir para exercício freqüente no decorrer de todo o tempo e não apenas pontualmente.
A tese despretensiosa tem um endereço certo: as lideranças políticas e do segmento público, especialmente, pois é desse conjunto de pessoas e estrutura a responsabilidade pela construção de medidas para benefício coletivo.
Em tempo de Natal, quando o coração humano do Ocidente se permite mais mole e acessível no desarmamento de espírito, bem que seria avanço expressivo se no decorrer dos dias seguintes a tolerância ocupasse o lugar da arrogância.
Até que poderíamos avançar mais, mesmo diante das diferenças entre nossas lideranças. Como assim? Simples. Todos, ou cada um, manteriam seu projeto de vida, a defesa de suas prerrogativas, mas sem impedir que projetos coletivos sejam realizados.
Não só em tempo de Natal, mas outro dia, danei-me a por em prática uma leitura que bem ilustra a tese acima da luta pelo bem comum. Lembrei-me, por exemplo, de como estaríamos avançando mais no desenvolvimento regional do Sertão, a partir de Sousa, se todas as lideranças políticas pudessem adotar como ação comum a defesa da prospecção do petróleo na região e no incentivo real ao processo de irrigação das várzeas produtivas da região.
Trato da questão do petróleo porque, vizinho de nós, no Rio Grande do Norte, a classe política foi competente e forte suficientemente para levar a Petrobrás a inserir a prospecção que se transformou em dividendos nunca vistos por Mossoró.
Está evidente que, só com o somatório das forças políticas mesmo que elas tenham diferenças entre si poderemos falar em avanço real com perspectiva de gerar novo tempo para nossa terra sofrida, mas heróica e brava retumbante.
Pode parecer sonho, mas sem esse desejo de vitória e cumplicidade, nada será maior.
