Mudanças na Segurança

A estrutura de segurança pública no Estado deve sofrer muito breve, em tempo não muito longe, efeitos de uma macro cirurgia comandada pessoalmente pelo governador Cássio Cunha Lima para estancar mazelas produzidas pela cultura da “corrupção” já constatada em pequeno núcleos do setor. O assunto só não veio à baila ainda porque a tragédia de Camará se fez prioridade.

Sobre seu birô, Cássio já dispõe de inúmeros documentos – muitos deles inquéritos administrativos – apontando a participação de integrantes da segurança em delitos, como até o tráfico de drogas em presídios.

Para se ter uma idéia do que representa a ação marginal de setores infiltrados basta levar em conta a última rebelião no Presídio do Róger e a operação “pente fino” no Serrotão, cujos inquéritos apontam, sem arrodeios, para a participação de agentes e policiais.

O caso tem natureza perversa e busca de alguma forma desestabilizar o desempenho humanista do Secretário da Cidadania e Justiça, Vital do Rego. Um caso ilustrador: no Serrotão, por exemplo, quando da última busca policial para tirar do circuito armas nas celas, enquanto os detentos tomavam “banho de sol”, constatou-se que a operação gerou posteriormente revolta dos presidiários.

Por que? Policiais ao localizarem nas celas três gaiolas com um curió, um canário e um galo de campina, simplesmente degolaram por perversidade os passarinhos e os devolveram ao local onde estavam produzindo motim dos detentos.

A situação é preocupante porque ficou comprovado também que a má cultura da corrupção já afetou até mesmo novos policiais, recém contratados, motivo pelo qual já se registra contra eles inquéritos administrativos por tráfico.

É por conta de uma série de fatos desta natureza, muitos apontando para a participação de policiais em delitos, que o governador decidiu produzir análise profunda para adoção de novas medidas, algumas preventivas, outras corretivas visando tirar do circuito os bandidos da Polícia.

Não é tarefa fácil, mas entra já na ordem do dia produzindo até mexida na equipe.

Expulsão de Haroldo

Embora no final da tarde houvesse quem negasse a operação, mas o fato é que a cúpula do PMDB decidiu que não vai tolerar a postura do presidente regional Haroldo Lucena de insubordinar-se contra a decisão da maioria partidária votando em Avenzoar Arruda, e não em Ricardo Coutinho.

A dura pena de expulsão foi tratada sim – e não está descartada.

Apesar da reação em contrário, lamentando a alternativa, a cúpula não tolerará a insubordinação.

Palavra de Manoel Jr

O deputado Manoel Júnior, vice e Ricardo Coutinho, lamentou a crise em torno de Haroldo Lucena em face de seu histórico e condição partidária.

Ele, contudo, disse que no PMDB a posição majoritária é de ter o presidente acatando a decisão do partido.

-Como ele é partidário e democrático tem de acatar a decisão da maioria – comentou Jr dizendo-se à vontade porque “fui vencido na tese de candidatura própria”.

Motivos da crise

Enquanto Haroldo diz que age na direção do PT por ter sido instruído pelo PMDB a agir desta maneira, na hipótese de inexistir candidatura própria, no partido a história é outra.

No PMDB, pegou mal e ainda não foi digerido pelos senadores José Maranhão e Ney Suassuna o fato de que, enquanto eles estavam em entrevista coletiva marcando posição sobre Camara, Haroldo se encontrava com Cícero Lucena.

– Ele perdeu a confiança – disse um graúdo do PMDB.

PT na área

Enquanto o PMDB vive seus dilemas, o Partido dos Trabalhadores acionou o vice-presidente estadual, Chico Lopes, para reabrir os entendimentos com Haroldo depois das declarações de voto em Avenzoar.

O candidato petista, entretanto, ainda não se encontrou pessoalmente com Haroldo – o que fará depois das conversas – mas considera o apoio “muito importante e honroso pela postura do presidente do PMDB”.

Cássio de volta

O governador Cássio acionou secretários para se fazerem presentes nesta segunda-feira em Alagoa Grande, véspera de sua viagem à Brasília onde vai tratar do assunto Camara no Ministério da Integração Nacional.

Pelas informações de auxiliares, ele quer o Governo atento a todos os momentos da reconstrução das áreas afetadas.

Efeitos da intervenção

A decisão do Diretório Estadual de homologar por 22 a 15 a intervenção no diretório de Campina Grande era o que a candidatura de Veneziano Vital não gostaria de contar porque significa perda considerável na campanha.

Mesmo a intervenção, Chico Franca acertou com Emir Candeia e o interventor Maciel a costura das vagas de vereadores sem trauma.

Rômulo Gouveia comemorou a decisão.

Umas & Outras

… A semana começa prometendo novidades.

…O ginásio da UFPB vai passar por reformas. Trata-se de projeto da gestão Jader, mas que teve o dedo indispensável do ex-secretário do Ministério de Esportes, Watteau Rodrigues.

… Um dirigente de uma empresa famosa mandou a tesouraria lhe entregar pessoalmente, semana passada, no Hotel Caiçara, um cheque no valor de R$ 6 mil, quando o destino era outro. Faltam ainda duas outras parcelas, de igual valor, que ele quer receber para quitar boleto.

…Zabé da Loca deu show no Fórum Mundial de Cultura. Quem esteve por lá disse que estivemos (nosso estado) com espaços acanhados enquanto marketing.

ÚLTIMA

“O olho que existe/ é o que vê…”

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