Em artigo enviado ao Portal WSCOM, o advogado e ex-superintendência do Ibama na Paraíba, Anselmo Castilho, analisa nesta terça-feira (28), Dia Nacional da Caatinga, instituído pelo Decreto Federal de 20 de Agosto de 2003, as práticas pessoais na relação com o único bioma exclusivamente brasileiro.

Segundo Anselmo, “ocupando aproximadamente dez por cento do território nacional, o uso não sustentável de seus solos e recursos naturais, faz com que a Caatinga se apresente bastante degradada” atualmente.

Confira a análise a seguir:

A Caatinga e o seu exemplo de sobrevivência.

Hoje, 28 de abril, desde o ano de 2003, é reservado a comemorar o “Dia Nacional da Caatinga”. Instituído pelo Decreto Federal de 20 de Agosto de 2003, objetivou consagrar esse dia à refletirmos sobre nossas práticas na relação com um bioma único e exclusivamente brasileiro.

Mas, hoje, ao enfrentarmos essa pandemia causada pelo Covid-19, vejo que a Caatinga tem muito a nos ensinar.

Ocupando aproximadamente dez por cento do território nacional, o uso não sustentável de seus solos e recursos naturais, faz com que a Caatinga se apresente bastante degradada.

A ação humana de forma agressiva e não sustentável, por séculos, combinada com as características do bioma, nos faz retratar imagens do sertão. Solo seco e rachado. Contudo, dependendo da época, surpreender-se-á quem colocar os olhos na paisagem.

Na Caatinga, a partir do início de março, a floresta fica verde e frondosa, linda de se vê e de conviver; em setembro, na transição, a vegetação e as árvores começam a perder as folhas, uma estratégia de sobrevivência para diminuir a dependência de água antes do auge da seca.

É, hoje, neste dia, constato e registro que temos refletido pouco acerca da nossa convivência com os diversos biomas… E fico com a certeza de que a Caatinga ano após ano vem dando lição a nós: que tal começarmos a diminuir nossa dependência do capital financeiro antes que a degradação humana se torne irreversível.

Anselmo Castilho