Ao longo dos últimos anos, os torcedores brasileiros acostumaram-se aos fiascos da Seleção. O Brasil, que antes era sempre o favorito, agora costuma aparecer como azarão nas novas casas de apostas. E o vexame mais recente foi a derrota por 6 a 0 da equipe sub-20 para a Argentina no Sul-Americano da categoria.

Até o início dos anos 2000, parecia inconcebível imaginar que, em alguns anos, a Seleção Brasileira seria quase irrelevante no cenário internacional. O momento atual reforça a grave crise em que o nosso futebol está imerso.

Com Dorival Júnior no comando da Seleção principal, o Brasil ainda não encontrou um padrão de jogo. Ao contrário, mostrou muita fraqueza na Copa América, sendo eliminado precocemente, e vem colecionando maus resultados nas Eliminatórias Sul-Americanas.

A sorte do Brasil é que é quase impossível não conseguir uma vaga para a Copa do Mundo. Isso porque, das 10 seleções, seis conseguem uma vaga direta, enquanto a sétima ainda disputa uma repescagem.

Mas do jeito que a situação está, é bom que a Seleção Brasileira tome cuidado. No momento, a equipe comandada por Dorival Júnior ocupa a quinta colocação, com 18 pontos, sete a menos do que a líder Argentina e seis a mais do que a Venezuela, oitava colocada.

Queda abrupta

Mas a pergunta que todos se fazem é a seguinte: como um país que produzia craques em abundância conseguiu chegar ao estado atual? 

A própria Seleção Brasileira é um exemplo dessa decadência: há diversos jogadores bons e medianos, nivelados com as principais seleções do mundo, mas pouquíssimos craques – na hipótese de que haja algum.

O cenário para o futuro, portanto, é bastante nebuloso. Não há nada que indique que, em 2026, o Brasil poderá fazer um papel melhor do que aquele que fez nas últimas cinco Copas do Mundo.

Vale ressaltar que, de 2006 a 2022, o Brasil foi eliminado quatro vezes nas quartas de final. Apenas uma vez conseguiu avançar e chegar à semifinal: em 2014, quando recebeu uma surra de 7 a 1 da Alemanha.

E em todas essas disputas, a Seleção Brasileira foi eliminada pelo primeiro adversário europeu que enfrentou no mata-mata.

Esperança

Sem um trabalho sério sendo feito pelo comando do futebol brasileiro, a esperança, como sempre, recai em um ou outro talento individual. Há alguns jovens promissores surgindo, como Estêvão, do Palmeiras, e é isso que ainda faz uma parte – cada vez menor – da torcida brasileira acreditar em uma recuperação.

Mas o fato é que a próxima Copa do Mundo já está se aproximando e, por enquanto, não há motivo nenhum para otimismo.