Política

Novo ministro da Educação já minimizou feminicídio e disse que vítima reproduziu comportamento sexual visto na TV

Novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, minimizou o feminicídio ao falar da morte de uma adolescente de uma jovem de 17 anos por um homem de 33 anos, em 2013. Segundo ele, "maneiras e trejeitos" aprendidos por crianças em programas de televisão são "uma porta aberta" para pedófilos


11/07/2020

O pastor Milton Ribeiro (Foto: Divulgação)

Brasil 247



O novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, que já defendeu a adoção de “métodos severos” de aprendizagem, também minimizou o feminicídio ao falar da morte de uma adolescente de uma jovem de 17 anos por um homem de 33 anos, no interior de uma escola do Rio Grande do Norte, em 2013. Segundo ele, uma das hipóteses para o crime era que a jovem poderia “ter dados sinais a ele que estava apaixonada ou coisa do tipo”, “reproduzindo de forma involuntária” um comportamento sexual visto em programas de televisão.

“Ela pode ter dados sinais a ele que estava apaixonada ou coisa do tipo e que ela aprendeu, está acostumada a passar, e o cara entendeu assim, só que não era nada daquilo. E a criança pode fazer isso. E o cara, o pedófilo está pensando que a criança está querendo alguma coisa com ele, mas o que ela está fazendo é uma replicação daquilo que ela vê de maneira indevida na tevê aberta”, afirmou Ribeiro no programa intitulado Ação e Reação, disponível no YouTube desde 2013. Segundo reportagem do jornal O Globo, Ribeiro, que é pastor evangélico e possui doutorado em Educação, participou do programa como pastor convidado.

“Acho que esse homem foi acometido de uma loucura mesmo e confundiu paixão com amor. São coisas totalmente diferentes. Ele, naturalmente movido por paixão, paixão é louca mesmo, ele então entrou, cometeu esse ato louco, marcando a vida dele, marcando a vida de toda família”, destacou.



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